No passado dia 17 de junho, uma delegação do PCP, integrando o deputado Paulo Sá eleito pelo Algarve, visitou o Serviço de Pediatria do Hospital de Portimão tendo reunido com o Diretor Clínico do Centro Hospitalar Universitário do Algarve, e constatado que existe uma acentuada carência de recursos humanos neste serviço.
Segundo avança nota do PCP, no Serviço de Pediatria do Hospital de Portimão há, atualmente, 11 pediatras, quando seriam precisos, pelo menos, 18, "uma carência que é agravada pelo facto de 7 destes clínicos terem mais de 55 anos, não fazendo, portanto, urgências".
Os comunistas apontam que as consequências da falta de pediatras são "gravosas" porque implicam que a Urgência Pediátrica tenha de ser, muitas vezes, assegurada por clínicos gerais em que, por vezes, os utentes são transferidos para o Hospital de Faro ou para um hospital da área de Lisboa. Também o Bloco de Partos é afetado, implicando o seu encerramento pontual e a transferência das parturientes para o Hospital de Faro.
Perante esta situação, o PCP defende serem necessárias "medidas decisivas e céleres" para a contratação de pediatras para o Hospital de Portimão (e também de Faro), sob pena destes problemas se agravarem ainda mais, já que a idade média dos clínicos atualmente ao serviço é muito elevada (cinco têm mais de 60 anos).
A mesma delegação diz ter verificado igualmente uma carência de assistentes operacionais. São, atualmente, 12 na Pediatria e 14 na Urgência Pediátrica, quando deveriam ser 18 e 20, respetivamente. Acresce que a média etária destes profissionais de saúde é elevada (superior a 50 anos).
Faltam ainda técnicos superiores, mais concretamente, um fisioterapeuta e um educador de infância.
Entende o PCP que, nesta fase da vida política nacional, a prioridade não deve ser a "redução acelerada do défice, mas sim a resposta aos problemas das pessoas e do país, em particular, nos serviços públicos".
Assim, o Grupo Parlamentar do partido, por intermédio dos deputados Paulo Sá, eleito pelo Algarve, e Carla Cruz, questionou a Ministra da Saúde, dirigindo-lhe as seguintes perguntas:
Reconhece o Governo que a acentuada carência de médicos pediatras no Hospital de Portimão tem consequências muito gravosas, quer na Urgência Pediátrica, quer no Bloco de Partos?
Que medidas decisivas irá o Governo adotar para garantir, com celeridade, o reforço do número de pediatras no Hospital de Portimão?
Quando serão contratados os restantes profissionais de saúde em falta (assistentes operacionais e técnicos superiores)?