Política

PCP questionou Governo sobre problemas nos serviços de ortopedia do CHA

No passado dia 9 de dezembro, uma delegação do PCP, integrando o deputado Paulo Sá eleito pelo Algarve, visitou o Serviço de Ortopedia do Hospital de Portimão, tendo ainda reunido com o Presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Algarve e com o Diretor Clínico do Hospital de Portimão.

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De acordo com o PCP, o Centro Hospitalar do Algarve tem falta de médicos ortopedistas. "Há apenas 17 especialistas – 10 no Hospital de Faro e 7 no Hospital de Portimão – quando seriam precisos pelo menos o dobro".
 
Uma carência que se traduz, segundo o PCP, em tempos de espera excessivos para as consultas da especialidade, assim como para as cirurgias programadas, onde a falta de meios humanos no Centro Hospitalar do Algarve tem levado à transferência de cirurgias para estabelecimentos privados de saúde.
 
O facto do Hospital de Faro ter perdido a idoneidade formativa e o Hospital de Portimão ter apenas idoneidade formativa parcial traduz-se numa reduzida capacidade de formação de novos médicos especialistas no Centro Hospitalar do Algarve, circunstância que representa um sério obstáculo à resolução do problema da falta de ortopedistas no Algarve, "já que os especialistas formados na região poderiam optar por aí permanecer após a conclusão da formação especializada, contribuindo, desse modo, para colmatar as necessidades do Serviço Nacional de Saúde no Algarve", defende o PCP.
 
Ao problema de falta de recursos humanos soma-se o problema de desadequação do equipamento, em que o desinvestimento no Serviço Nacional de Saúde, agravada pelo anterior Governo, traduziu-se na degradação do equipamento do Centro Hospitalar do Algarve. 
 
Deste modo, o Grupo Parlamentar do PCP, por intermédio dos deputados Paulo Sá e Carla Cruz, dirigiu ao Ministro da Saúde algumas perguntas no sentido de saber que medidas tenciona o Governo adotar, no Centro Hospitalar do Algarve, para atrair e fixar médicos ortopedistas, qual a perspetiva, no curto e médio prazo, de contratação desses especialistas, que medidas estão a ser tomadas para criar condições para que os serviços de ortopedia dos hospitais de Faro e de Portimão possam recuperar a idoneidade formativa plena, quantas cirurgias na especialidade de ortopedia foram transferidas durante 2015 e 2016 do Centro Hospitalar do Algarve para estabelecimentos de saúde privados, e qual o montante pago, em 2015 e 2016, aos estabelecimentos de saúde privados pela realização dessas cirurgias, se o Governo reconhece que a política de desinvestimento no Serviço Nacional de Saúde, agravada pelo anterior Governo, se traduziu, em particular, na degradação do equipamento do Centro Hospitalar do Algarve, e se o Governo tenciona, disponibilizar aos hospitais algarvios recursos financeiros adicionais para a manutenção e renovação dos seus equipamentos, em particular, nos serviços de ortopedia.
 
Algarve Primeiro