Política

PCP questionou Governo sobre requalificação dos núcleos urbanos das ilhas-barreira da Ria Formosa

O Grupo Parlamentar do PCP, por intermédio do deputado Paulo Sá eleito pelo Algarve, questionou o Ministro do Ambiente sobre este assunto.

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No passado dia 12 de fevereiro, a Assembleia da República aprovou a Resolução n.º 58/2016, que recomenda ao Governo, que «clarifique a natureza jurídica do núcleo da ilha da Culatra, assegurando a […] regularização das edificações existentes, mediante a execução de um Plano de Intervenção e requalificação», e que «proceda à recondução do Programa de Ordenamento da Orla Costeira, por forma a dar um novo estímulo ao processo de requalificação da Ria Formosa, assegurando o respeito pelo princípio da igualdade em todos os núcleos históricos das ilhas-barreira».
 
Passados mais de 4 meses, desde a aprovação desta Resolução da Assembleia da República, os comunistas querem saber quais as medidas que o Governo já adotou ou planeia adotar no sentido de, traduzir o reconhecimento da existência dos núcleos urbanos das ilhas-barreira da Ria Formosa nos diversos instrumentos legais, em particular, no Plano de Ordenamento da Orla Costeira Vilamoura-Vila Real de Santo António; proceder à requalificação destes núcleos urbanos, melhorando as condições de vida das comunidades residentes, garantindo o direito de fruição desses espaços por parte das populações locais e dos turistas que visitam a região.
 
O PCP reafirma a sua posição de rejeição de qualquer tentativa para dar continuidade ao processo de demolições de habitações nos núcleos da Culatra, do Farol, dos Hangares e da península do Ancão, iniciado pelo anterior Governo, defendendo o abandono definitivo desse processo, o reconhecimento do valor social, económico e cultural destes núcleos urbanos e a sua requalificação, a requalificação do sistema lagunar da Ria Formosa e o apoio às atividades económicas aí desenvolvidas.