É sob o lema "Aumentar salários e pensões. Regular preços", que o PCP realiza no próximo sábado, dia 4 de junho, uma tribuna pública entre os mercados em Olhão, pelas 10:30 e, às 15:30, no salão da Junta de Freguesia de São Bartolomeu de Messines, com a participação do deputado João Dias.
Dados divulgados esta semana pelo INE sobre o crescimento da inflação, que apontam para um aumento de 8% de variação homóloga no mês de maio e 5,6% de inflação acumulada desde o início do ano, confirmam o impacto da subida generalizada dos preços "e a necessidade de medidas urgentes que assegurem a recuperação e valorização do poder de compra por parte dos trabalhadores e do povo português", defende o PCP em comunicado.
Com particular expressão nos bens energéticos e alimentares, a subida dos preços, que já vem do segundo semestre de 2021, é para o partido, "mais vasta e atinge de forma particularmente violenta as camadas da população com rendimentos mais baixos".
Os comunistas entendem que face à atual situação, o Orçamento do Estado, aprovado na semana passada, "não serve para responder a uma situação de agravamento diário dos preços, corroendo poder de compra, atingindo o mercado interno e engordando os lucros dos grupos económicos".
Apontam que "são precisas medidas urgentes para interromper o empobrecimento acelerado de parte da população, o agravamento da exploração e a especulação, com a necessidade de um aumento geral dos salários – dos setores privado e público - incluindo um aumento extraordinário do Salário Mínimo Nacional para 800 euros em julho".
Além do mais, exigem que o aumento reponha o poder de compra de todas as pensões, com um valor mínimo de 20 euros e a regulação dos preços dos combustíveis e dos bens alimentares, impondo preços máximos, tal como na habitação.
