A implementação do Plano de Gestão Florestal (PGF) do terreno junto à praia do Ancão, no concelho de Loulé, propriedade da empresa AM|48, «está a avançar a bom ritmo».
Segundo a proprietária do terreno, em pouco mais de um mês foram removidas cerca de 2,5 toneladas de plantas exóticas invasoras e plantadas mais de 1000 árvores, designadamente pinheiros-mansos e sobreiros.
Ao todo já estão plantadas mais de um terço das árvores previstas no PGF (3000), que foi apresentado no passado dia 14 de janeiro, com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Loulé, Vítor Aleixo e do Diretor Regional Adjunto do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), António Miranda.
Além da plantação das árvores, a AM|48 informa que foram também iniciados trabalhos de colocação de estruturas para promover a biodiversidade no Ancão numa parceria com a associação Vita Nativa, nomeadamente através fixação de caixas-ninho para atrair aves insetívoras e construídas estruturas de madeira que servem de abrigo ao coelho-bravo, uma espécie recentemente classificada como "ameaçada de extinção" em parte pela elevada mortalidade provocada por uma nova estirpe da doença hemorrágica viral.
Foram ainda instalados aglomerados de madeira que servirão de refúgio e habitat a um conjunto elevado de animais como répteis, micromamíferos e insetos típicos de ambientes florestais. Nos próximos meses, os responsáveis pelo projeto, asseguram que irão, «multiplicar-se pelo terreno o número destas estruturas e incluídos abrigos para morcegos».
O Plano de Gestão Florestal do Ancão tem como principal objetivo não só valorizar o espaço do ponto de vista ambiental e paisagístico, como promover a conservação e recuperação da biodiversidade e preservar a paisagem, reduzindo a perigosidade de incêndios florestais e a erosão do solo, lê-se no documento enviado às redações.
