Para a Plataforma as expectativas são elevadas, particularmente para perceber de que forma a comunidade internacional irá cumprir os seus compromissos climáticos de limitar o aquecimento global do planeta abaixo dos 2ºC, e desenvolver esforços para ir mais além, abaixo dos 1,5ºC.
O Acordo de Paris, alcançado na COP21, em dezembro de 2015, foi um marco histórico, e entrou a 4 novembro. No entanto, este acordo climático não é suficiente por si só. Há que aumentar o nível de ambição em termos de redução de emissões de gases com efeito de estufa, alerta a mesma Plataforma.
Tendo em consideração o nível de ambição necessário para limitar o aquecimento global do planeta em 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais, a Plataforma Algarve Livre de Petróleo defende que Portugal deverá repensar a sua política climática e energética, pela revisão da meta de energias renováveis, com a criação de uma estratégia energética naciona, sendo possível atingir 100% de eletricidade renovável já em 2030; rejeitando a exploração de petróleo e gás em território nacional, cancelando as 15 concessões atuais de prospeção e exploração destes combustíveis fósseis na costa portuguesa; acelerando o abandono do uso do carvão e a reabilitação urbana com requisitos ambiciosos em termos de eficiência energética e uso de energias renováveis; revendo a política de mobilidade, através de uma forte aposta na expansão e melhoria da eficiência dos transportes coletivos e dos modos suaves de mobilidade nas cidades, em detrimento da utilização do transporte individual; bem como o recurso à mobilidade elétrica e combustíveis alternativos de baixas emissões de equivalentes de carbono.
