Sociedade

Plataforma Algarve Livre de Petróleo promove Marcha-Corrida contra a exploração de petróleo no Algarve

A Plataforma Algarve Livre de Petróleo (PALP) informou que vai levar a cabo uma Marcha-Corrida contra a exploração de petróleo no Algarve, no próximo dia 28 de Junho, pelas 16 horas, na Praia de Faro.

PUB
 
O percurso Praia de Faro-Barrinha-Praia de Faro, poderá ser percorrido a pé, pela praia, ou de canoa, pelo mar, e tem como objectivo sensibilizar a população para as potenciais consequências "altamente" nocivas da exploração de hidrocarbonetos (petróleo e gás natural) na costa algarvia. 
 
No final da Marcha haverá um piquenique e convívio entre todos os participantes que terá como lema de conversa a necessidade de fazer do Algarve uma região sustentável do ponto de vista ambiental. 
 
No balanço I Encontro Público - Algarve Livre de Petróleo, realizado no passado dia 30 de Maio, em Faro, a PALP, informa que permitiu congregar sinergias entre os participantes no sentido de se avançar com estratégias de acção para se travar o negócio "catastrófico" para a região e para o país, da exploração de petróleo e gás natural na costa portuguesa. 
 
A Plataforma Algarve Livre de Petróleo felicita ainda o Deputado do PSD, eleito pelo Algarve, Cristóvão Norte, pelo facto de ter comparecido no debate "por sua livre iniciativa e interesse", ficando no ar a preocupação por parte dos membros da PALP, pelo facto do deputado ter confessado publicamente "desconhecer os termos e as condições do contrato de exploração de petróleo e outros hidrocarbonetos assinado pelo Estado Português com as empresas privadas de exploração petrolífera Repsol e Partex para as concessões Lagosta e Lagostim", cuja exploração inicial se prevê que avance em Outubro deste ano.
 
A PALP considera que é "altamente preocupante que um deputado do governo em funções desconheça o contrato de um negócio que vai afectar a região para as próximas décadas".
 
Do mesmo Encontro Público, a PALP destaca ainda as preocupações partilhadas sobre o desconhecimento público da última versão do contrato de exploração petrolífero nos mares do Algarve; o facto de a exploração avançar sem se conhecer que impactos a mesma vai ter nos riscos sísmicos de uma região de alta intensidade sísmica; o impacto que a indústria petroquímica a instalar nos mares do Algarve pode vir a ter sobre o turismo na região; os impactos ambientais sobre os ecossistemas como o Parque Natural da Ria Formosa ou ainda a desinformação sobre o impacto do transporte e da sua forma e condições de realização dos hidrocarbonetos a explorar. 
 
A Plataforma Algarve Livre de Petróleo diz não se conformar com o facto de não ter obtido resposta de quinze das dezasseis Câmaras Municipais da região do Algarve para reunir e discutir a exploração de petróleo e gás natural na região, tendo decidido voltar a enviar cartas com a solicitação para reunir, agora dirigidas pessoalmente aos Presidentes das Câmaras Municipais e com aviso de recepção.