A Plataforma Algarve Livre de Petróleo informa que vai avançar em breve com uma petição dirigida à Assembleia da República com o objectivo de alertar para "o grave problema da exploração de petróleo e gás natural na costa algarvia e para que o mesmo possa ser debatido pelas diversas forças partidárias no parlamento nacional".
Os cidadãos e entidades que constituem esta plataforma de intervenção cidadã esperam que os representantes no parlamento possam fazer prevalecer o interesse público da região do Algarve e do país sobre os interesses privados ligados às empresas de exploração petrolífera.
A petição tem como objectivo impedir a exploração de hidrocarbonetos nos mares do Algarve uma vez que os seus signatários consideram que esta exploração vai pôr em risco todo o território algarvio e a qualidade de vida das populações.
A PALP informa ainda que novas entidades e cidadãos se têm juntado à plataforma, com destaque para a Liga Para a Protecção da Natureza.
Na última reunião geral realizada no dia 08 de Abril, foi aprovada a necessidade de conhecer a posição e possível adesão de diversas entidades que deverão possuir as mesmas preocupações que a PALP, nomeadamente o Presidente da Associação de Municípios do Algarve (AMAL), a Associação do Comércio e Serviços da Região do Algarve (ACRAL), as Associações Hoteleiras, os principais operadores turísticos da região, os responsáveis do Centro Ciência Viva do Algarve, o Núcleo do Ambiente da Universidade do Algarve, as entidades de I&D, as Associações de Mergulho, os grupos e Associações de Surfistas, os responsáveis dos Clubes Náuticos e as associações turísticas ligadas à valorização da natureza.
A Plataforma Algarve Livre de Petróleo decidiu ainda organizar acções de rua com o objectivo de "combater" o desconhecimento da população, sobre a decisão política de se avançar para a exploração de Petróleo e Gás Natural no território marítimo, estando a primeira acção intitulada "A Arte Saiu À Rua - Por Um Algarve Livre de Petróleo" programada para as 10 horas do próximo domingo (19 de Abril) a realizar no Largo do Carmo em Faro.
A PALP diz esperar pelas respostas às suas preocupações no seguimento das cartas anteriormente enviadas aos dezasseis Presidentes das Câmaras Municipais da região, uma vez que até ao momento continua a imperar um "silêncio perturbador", sublinhando a sua determinação em evitar aquilo que considera uma "catástrofe para a região que será silenciosamente expropriado da sua riqueza natural por uma empresa privada de exploração de petróleo que irá acumular os lucros, deixando os riscos de altas consequências ambientais, económicas e sociais sobre a população".