Algumas dezenas de polícias concentraram-se esta tarde na Baixa de Faro, representando a PSP e a GNR, num apelo sindical para chamar a atenção do Ministério da Administração Interna.
Ao Algarve Primeiro, Fernando Raposo da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia - (PSP), referiu que «não se pode apregoar que somos o terceiro país mais seguro do mundo e depois não damos condições às nossas polícias para exercerem a sua atividade».
O representante da associação sindical salientou que o protesto deveu-se essencialmente à falta de material e equipamentos, mas também de viaturas. Outras reivindicações passam pelo pagamento dos retroativos relativos aos suplementos desde 2011, a atualização da tabela salarial e do subsídio de risco, «como acontece com outras forças e serviços de segurança em Portugal», ou o cumprimento integral do estatuto da polícia de segurança pública, no que diz respeito às pré-aposentações.
Relativamente à questão do fardamento, Fernando Raposo explicou que os polícias têm um subsídio mensal de 50 euros, contudo, existe uma plataforma que fornece esse fardamento, «mas vem defeituoso, tem má qualidade, levando os polícias a comprarem esse fardamento fora».
Quanto ao equipamento, o representante da ASPP, confirmou que nem todos os agentes policiais têm por exemplo algemas distribuídas, «digo mais, no Comando de Faro a maioria não tem algemas, e têm de comprar do seu próprio bolso, porque é um utensílio imprescindível para o desempenho da missão de um agente da polícia, ora se somos nós que temos de comprar este e outros utensílios, algum dia também teremos de comprar viaturas, porque neste aspeto também não há, posso dizer que no Comando de Faro há três dezenas de viaturas inoperacionais».
Fernando Raposo teme que «com estas condições profissionais, quando for aberto concurso para a Polícia de Segurança Pública, para 10 mil efetivos, vamos ver quantos candidatos concorrem».
Refira-se que os protestos tiveram lugar em Faro, Lisboa e Braga.
