Economia

Ponte de Alcoutim só será uma realidade em 2026

 
A Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, esteve esta manhã em Alcoutim, onde presidiu à cerimónia de assinatura dos contratos de financiamento da Ponte Alcoutim – Sanlúcar de Guadiana, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Os contratos que foram celebrados entre a estrutura de missão Recuperar Portugal, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve e o Município de Alcoutim, visam financiar o projeto no montante de 9 milhões.
 
Um investimento vai permitir desenvolver aquelas duas regiões do Algarve e da Andaluzia, melhorando a qualidade de vida das populações.
 
Sobre o investimento, a Ministra salientou que a ponte que se espera esteja pronta em 2026, «será uma longa espera para as populações, mas com prazos muitos curtos para quem vai concretizar o projeto, ainda assim teremos em conta que tentaremos na medida do possível, encurtar prazos». 
 
Ana Abrunhosa, referiu que não se trata de uma promessa, mas de um compromisso da República Portuguesa para com as populações, com Espanha e com a Comissão Europeia. A governante salientou que o primeiro adiantamento financeiro chegará nas próximas semanas, «para avançarmos com os estudos ambientais do projeto, que serão os mais demorados», estimando que durarão cerca de 2 anos. A responsável falou que o interior «tem de ser vivido, estamos a falar de uma centralidade da Península Ibérica». 
 
Cerimónia decorreu do Espaço Guadiana:
 
Na sessão participaram também os Secretários de Estado Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Carlos Miguel, da Valorização do Interior, Isabel Ferreira, e do Planeamento, Ricardo Pinheiro.
 
O autarca de Alcoutim, fala de um sonho que será concretizado e que há muito é esperado: «com a nova ponte conseguimos encurtar a distância de pouco mais de 70kms de carro, para chegar ao outro lado da fronteira, para apenas 200 metros o que levará um minuto a passarmos o Guadiana até San Lúcar».
 
Osvaldo Gonçalves adiantou que além do benefício económico para ambas as localidades, haverá uma maior facilidade na partilha de recursos, dando como exemplo, a área da saúde, da segurança, entre outras. Sobre a localização da infraestrutura, esta deverá ser construída a norte de Alcoutim, junto ao hotel, «porque dá melhores condições em termos de custos e também ambientais». 
 
O Alcaide de San Lúcar de Guadiana, disse que já vê «a luz ao fundo do túnel», acreditando que juntando «muitas luzes e motivações das autoridades portuguesas e espanholas, o projeto vai chegar a bom porto». José Maria Pérez também sublinhou a partilha de recursos entre as duas localidades, frisando que depois de muitas promessas desta é de vez. 
 
José Apolinário, presente na cerimónia, apelidou a nova travessia, de «Ponte Europa», porque surge de fundos do PRR devido a uma crise, fará a ligação rodoviária pelo interior às regiões do Algarve e Andaluzia, promoverá a coesão territorial e acaba com uma barreira geográfica como é o rio Guadiana. O Presidente da CCDR Algarve, ressalvou que «ao contrário do que se possa pensar, a nova ponte não irá comprometer a travessia de pessoas pelo modo fluvial entre Alcoutim e San Lúcar de Guadiana, à semelhança do que acontece entre Vila Real de Stº António e Ayamonte».