Sociedade

Portimão: Autópsia revela novos dados sobre caso de médica acusada de negligência

A médica legista que fez a autópsia ao corpo da enfermeira de 27 anos que morreu, há três anos, durante uma pequena cirurgia aos ovários, no Hospital Particular de Portimão, em Alvor, confirmou esta quarta-feira no Tribunal de Portimão, onde está a ser julgada a ginecologista que a operou, que a causa da morte foi um "hematoma retroperinieal e lesões vasculares".

PUB
 
Segundo revela hoje o "Correio da Manhã", para a perita do Instituto de Medicina Legal, a ferida incisa na artéria aorta de Vera Alves, feita pela ginecologista Madlen Benoun quando introduziu o material para um "drilling" ao ovário, seria, só por si, bastante para "causar choque hemorrágico e a morte".
 
A especialista referiu que a hemorragia é "um dos incidentes mais recorrentes nos procedimentos ginecológicos laparoscópicos" e que, apesar de pouco frequentes, "quando acontecem, a taxa de mortalidade vai até aos 20%".
 
Dai a necessidade de "ter por perto um cirurgião geral ou vascular", frisou.
 
Neste caso, o cirurgião chegou cerca de 25 minutos depois.