Política

PORTIMÃO:Proposta do Bloco de Esquerda “Por um Algarve livre de portagens e requalificação total da EN 125” não foi aprovada em reunião de Câmara

 
Foi hoje apresentada, em reunião de Câmara, por parte do Vereador do Bloco de Esquerda, João Vasconcelos, uma proposta de moção “Por um Algarve livre da tragédia das portagens e pela requalificação total e adequada da EN 125”.

 
Proposta rejeitada por maioria, com quatro votos contra por parte do PS, um voto a favor por parte do CDS-PP e uma abstenção por parte do PSD, ambas com declaração de voto.
 
Conforme explica nota de imprensa da autarquia, a moção apresentada assentava em três principais pontos:Eliminação, com urgência, das portagens na Via do Infante/A22; a requalificação urgente da EN125, entre Olhão Nascente e Vila Real de Santo António e por fim a correção, quanto antes, da sinalização horizontal em alguns troços requalificados da EN125, entre Olhão e Vila do Bispo.
 
Sobre esta moção o Executivo do partido socialista defende que “A questão da mobilidade rodoviária na região algarvia é matéria do interesse e preocupação do Partido Socialista contudo há questões que devem ser consideradas e levadas em linha de conta”.
 
Assim, quanto aos pontos apresentados na moção do BE, os Vereadores eleitos pelo Partido Socialista declararam que concordam que seria justo a abolição total das portagens na Via do Infante, mas reconhecem que "apesar do enorme esforço de consolidação das contas públicas e do crescimento da economia portuguesa ainda não estão reunidas as condições para esse propósito, contudo o Governo já procedeu a uma redução das portagens em 15% e irá, até ao fim da legislatura, proceder à redução de mais 15% perfazendo a redução de 30% a que se comprometeu antes das eleições legislativas de 2015 para a generalidade das viaturas, podendo chegar aos 50% para os veículos de mercadorias e as empresas".
 
Relativamente à EN125, os Vereadores socialistas lembram que foi a renegociação da concessão da requalificação da N125 à Rotas do Algarve Litoral, levada a cabo pelo anterior Governo, que levou a que parte das obras – as entre Olhão e VRSA – fossem retiradas desta Parceria Público Privada que permitiu a requalificação do troço Lagos - Olhão. "Foi o anterior governo que quis uma requalificação da N125 a duas velocidades.E se em vez de duas intervenções tivesse sido feito só uma, o mais provável é que a obra teria sido concluída quando o troço Lagos - Olhão foi", acrescentam os mesmos Vereadores, frisando "que essa renegociação, que ditou uma requalificação a duas velocidades, obrigou a que as obras do troço Olhão Nascente a Vila Real de Santo António tenham de aguardar visto do Tribunal de Contas, sendo que este processo legal ainda está a decorrer"
 
Finalmente reconhecem que existem algumas situações pontuais que necessitam de ser corrigidas no troço requalificado da EN125, mas "não partilhamos da opinião que a requalificação da N125 tenha provocado o aumentado da sinistralidade nessas zonas. Foram eliminados muitos pontos negros e foram tomadas medidas de exceção para condicionar a circulação automóvel dentro de padrões de segurança. O investimento de 90 milhões de euros em obras, dos quais 96% foram investidos já durante esta legislatura, veio permitir circular com mais segurança na N125".
 
Assim face ao fatores enunciados e presentes na declaração de voto por parte dos Vereadores eleitos pelo Partido Socialista, a moção apresentada pelo Vereador eleito pelo Bloco de Esquerda não foi aprovada.