Sociedade

Portimão: Corpo de Rodrigo apresenta sinais de agressão e estrangulamento

Após um longo dia de averiguações, as autoridades mantêm todos os cenários em aberto, colocando o padrasto do jovem de 15 anos sob suspeita.

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Numa primeira análise ao cadáver do rapaz, as autoridades relatam indícios de violência, agressões e estrangulamento, o que aproxima a investigação da tese de homicídio.
 
O corpo será autopsiado amanhã e, essa informação poderá ajudar a compreender melhor o que terá ceifado a vida a Rodrigo.
 
A mãe do jovem esteve grande parte do dia em inquérito policial, sendo que, na tarde, a PJ esteve a recolher indícios na residência sem a presença da progenitora.
 
Até ao momento, a mulher responde como testemunha, não se sabendo qual o seu grau de envolvimento na morte do filho.
 
O corpo do rapaz foi encontrado a poucos metros de casa, sem ter sido enterrado; apenas estava coberto por vegetação, o que igualmente motivou a recolha de indícios no local.
 
Também um anexo da habitação foi alvo de investigação e de recolha de dados que seguiram para laboratório para análise.
 
Depois de ter sido localizado o corpo, a tese de homicídio ganha força e o padrasto é suspeito.
 
O padrasto viajou para o Brasil precisamente no dia em que a mãe comunicou o desaparecimento do jovem às autoridades. 
 
Também sobre este dado, recaem suspeitas sobre a versão contada, na medida em que, os colegas de Rodrigo dão conta de uma ausência às aulas num período anterior ao apresentado pela mãe.
 
Junto ao corpo não foram encontrados indícios de que a morte tivesse ocorrido no local onde foi encontrado. A PJ suspeita que a morte tenha ocorrido dentro da própria casa onde o rapaz vivia com a mãe. 
 
Célia Barreto, diz que estava separada do padrasto de Rodrigo e que não havia desavenças familiares, mas a PJ começa a desconfiar dessa versão, uma vez que, os amigos do jovem dizem que não tinham conhecimento de uma eventual separação da mãe e do padrasto, e garantem que o rapaz não tinha uma boa relação com o companheiro da mãe.
 
No leque de “incongruências”, surge também o mistério sobre o dia exato do desaparecimento de Rodrigo Lapa. A mãe diz que o filho saiu de casa às 07:00 de segunda-feira, para ir para a escola, e que nunca mais o viu.
 
Por seu turno, um colega de Rodrigo garante ter recebido uma mensagem na sexta-feira, do telemóvel do rapaz, a dizer que não iria à escola por se encontrar doente e que, durante todo o fim de semana, nada soube do amigo.
 
Rodrigo tinha uma relação conturbada com o pai, com quem foi viver após a separação dos pais. Regressou a casa da mãe, mas não teria então uma boa relação com o padrasto.
 
Neste momento, prosseguem as investigações. O corpo será amanhã autopsiado no Gabinete Médico-Legal e Forense do Barlavento, situado no hospital de Portimão, para onde o cadáver foi encaminhado.