Sociedade

Portimão debate combate ao desperdício alimentar

No Dia Internacional de Conscientização da Perda e Desperdício de Alimentos, que se assinala a 29 de setembro, o Banco Alimentar Contra a Fome do Algarve volta a promover, em parceria com o Município de Portimão, o II Fórum ”Combate ao Desperdício Alimentar – uma causa de todos”.

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Segundo avança a autarquia em nota de imprensa, o evento juntará em debate entidades regionais ligadas à temática e especialistas em alimentação «num alerta para esta problemática tão atual a uma escala mundial».
 
A produção agrícola no Algarve, as diferenças entre os prazos de validade dos produtos e a importância da água serão alguns dos temas em foco no Fórum, que decorrerá durante o período da manhã no Grande Auditório do TEMPO - Teatro Municipal de Portimão e que tem participação gratuita e inscrição obrigatória, através do link https://tinyurl.com/combatedesperdicioalimentar.
 
Informa ainda a autarquia que, a sessão de encerramento contará, para além da presença de um representante da Câmara Municipal de Portimão, com a participação de Francisco Mello e Castro, coordenador do Movimento Unidos Contra o Desperdício, Isabel Jonet, Presidente da Federação dos Bancos Alimentares em Portugal, Miguel José Sardinha Oliveira Cardo, subdiretor geral da Direção Geral de Alimentação e Veterinária, e José Apolinário, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve.
 
Em paralelo ao evento, no Café Concerto do TEMPO poderá ser apreciada a exposição “Arte Sustentável”, que reúne trabalhos desenvolvidos, a partir da reciclagem de embalagens alimentares, pelos utentes de algumas instituições beneficiárias do Banco Alimentar Contra a Fome do Algarve.
 
O Fórum é organizado pelo Banco Alimentar Contra a Fome do Algarve em parceria com a Câmara Municipal de Portimão, contando com o apoio das Águas do Algarve e a colaboração da Direção Geral de Alimentação e Veterinária, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve, ValorMed, Universidade do Algarve, Rede de Emergência Alimentar, Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares contra a Fome, DUAL – Qualificação Profissional e Delta Cafés.
 
Na mesma publicação o município lembra que, no final de 2019, a Assembleia Geral das Nações Unidas designou a data de 29 de setembro como Dia Internacional de Conscientização da Perda e Desperdício de Alimentos, de modo a consciencializar as pessoas para a importância do problema e possíveis soluções a todos os níveis, promovendo esforços globais e ações coletivas.
 
Segundo estimativas da ONU para a alimentação e agricultura, cerca de um terço dos alimentos produzidos anualmente para consumo humano, a nível mundial, são perdidos ou desperdiçados, problema que afeta toda a cadeia de abastecimento alimentar (produção, transformação, comercialização e consumidores), implicando elevados custos sociais, económicos e ambientais.
 
Além disso, o desperdício ou perda de alimentos contribui para o agravamento das alterações climáticas, com uma pegada de carbono global de cerca de 8 por cento do total das emissões de gases com efeito de estufa, e representa um desperdício de recursos escassos, ao longo do ciclo de vida dos produtos alimentares.
 
Acresce que, ao nível social, os excedentes da cadeia alimentar poderão ser utilizados para a alimentação humana, contribuindo para dar resposta a graves problemas de subnutrição, considerando que, de acordo com o Programa Alimentar Mundial, 795 milhões de pessoas no mundo não ingerem alimentos suficientes para uma vida saudável e ativa.
 
A nível mundial, são diversas as iniciativas já adotadas para combater o desperdício alimentar, entre as quais se destacam a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da ONU, onde se pretende reduzir em 50 por cento o desperdício global de alimentos até 2030, desde a produção até ao consumidor.