Os dados vão surgindo à medida em que a Polícia Judiciária vai encontrando vestígios que lhes possam dar consistência.
Sobre a mesa ganha força a tese de que o jovem de 15 anos tenha sido brutalmente assassinado pelo padrasto e que a mãe, Célia Barreto esteja a omitir factos que permitam desvendar este mistério.
De acordo com os dados mais recentes, o padrasto terá espancado brutalmente o rapaz em virtude deste lhe ter tirado dinheiro para comprar um telemóvel.
O homem já o tinha recusado, mas o jovem terá insistido e retirado o dinheiro da carteira do padrasto e adquirido o aparelho.
O casal estava desempregado e, a olhar pelos dados que nos chegam, sem qualquer capacidade de proteger o jovem e de manter um ambiente familiar saudável.
Joaquim Pinto viajou para o Brasil precisamente no dia em que a mãe deu o alerta do desaparecimento do filho, mas as autoridades concentram as atenções nos dias anteriores a esse alarme e acreditam que o jovem tenha perdido a vida em casa e com o conhecimento da mãe, já que num espaço tão limitado seria muito difícil a mãe não se ter apercebido da cena de violência vivida entre o jovem e o padrasto.
No Brasil, Joaquim Pinto está em parte incerta, sendo que, por não existir acordo de extradição, o homem será julgado em Portugal e poderá cumprir pena na sua terra natal.
O discurso da mãe que, por enquanto se apresenta na qualidade de testemunha no processo, continua cheio de contradições e de relatos que orientam a PJ para a mesma tese de assassinato dentro da residência.
O corpo de Rodrigo apareceu a 100 metros de casa, mas terá sido transportado para esse local após a morte, acreditam as autoridades que não encontraram vestígios de sangue no terreno onde surgiu o corpo coberto com vegetação.
Os dados da autópsia ainda não são conclusivos, pelo que o corpo poderá ser libertado para a família nas próximas horas ou dias.
O relatório preliminar dá conta de forte brutalidade nas agressões a que o jovem foi sujeito. Há marcas em vários pontos do corpo, sobretudo na cabeça e provas de estrangulamento, mas a conclusão só será conhecida dentro de oito semanas.
Em Portimão já foi criada uma onda de solidariedade e de homenagem para com Rodrigo com um momento simbólico que terá lugar amanhã na frente ribeirinha da cidade.
A página do facebook “Até sempre Rodrigo Lapa” dá conta dos pormenores desta iniciativa que pretende dignificar o jovem e permitir a todos quantos se queiram associar a um momento doloroso para toda a comunidade.
A mãe continua “com frases feitas” que julga poder usar para esconder algo que ainda não se conhece.