Os deputados do Bloco de Esquerda João Vasconcelos, Moisés Ferreira e Jorge Falcato, dizem ter instigado o Governo a questionar o Centro Hospitalar e Universitário do Algarve e a Inspeção Geral das Atividades em Saúde sobre se estas entidades públicas irão abrir inquérito no caso da mulher a quem foi dada alta com um feto morto.
Segundo os parlamentares em causa está o caso de uma mulher grávida de nove semanas, que descobriu que carregava um feto morto durante 15 dias após recorrer pela segunda vez à urgência do Hospital de Portimão.
Num espaço de 6 dias, a mulher, de 22 anos, deu entrada duas vezes no Hospital de Portimão com dores abdominais, mas no primeiro atendimento, onde foi efetuada uma ecografia, o médico deu-lhe alta sem que detetasse a morte do feto, acrescenta comunicado do BE.
Passados 6 dias, a mulher voltou à urgência daquela unidade hospitalar e, tendo-lhe sido feita nova ecografia, o médico registou que o feto estava morto à cerca de 15 dias.
Os parlamentares bloquistas consideram tratar-se de "um caso grave que deve ser alvo de um inquérito para apurar o que aconteceu".