Célia Barreto continua na mira da PJ de Portimão.
A mãe de Rodrigo pode vir a ser responsabilizada por cumplicidade na morte violenta do próprio filho devido ao dever de omissão, isto é, tinha o dever de cuidar de Rodrigo por ser mãe dele, porque o filho era menor e porque estava à guarda.
Segundo destaca esta segunda-feira o jornal "Correio da Manhã", cabe agora ao Ministério Público decidir se avança para a constituição de arguida ou eventual detenção.
Célia Barreto foi ouvida quatro vezes pelos investigadores desde que o filho foi dado como desaparecido, no dia 22 de fevereiro, e foi apanhada a mentir mais que uma vez.
Encobriu o companheiro, Joaquim Lara Pinto, até ao fim.
O "CM" adianta que no último interrogatório, Célia não pôde negar que não viu o filho, admitindo que estava na cama quando ouviu barulho e gritos provenientes de uma discussão entre o filho e o companheiro, mas não se levantou.
Rodrigo acabou por ser brutalmente assassinado à pancada pelo padrasto, Joaquim Lara Pinto, agora em fuga no Brasil.
Deste modo, Célia Barreto praticou um crime de obstrução à justiça porque tentou iludir os investigadores durante as buscas, para evitar que o companheiro fosse associado ao crime.
Entretanto, a polícia federal brasileira já disse estar ao corrente e "atenta" às suspeitas contra Joaquim Lara Pinto.
Mas só poderá atuar caso chegue ao Brasil, via Interpol, a documentação enviada pelo nosso país a pedir um interrogatório ou extradição.
Recorde-se que o Brasil não extradita naturais do país.