Sociedade

PORTIMÃO:Pessoas desalojadas estão em casa de familiares

Os moradores que tiveram de ser evacuados das suas habitações por precaução devido ao facto de o incêndio se estar a aproximar, “estão bem e vão permanecer na casa de familiares até que a situação seja normalizada”, adiantou Isílda Gomes, presidente da autarquia de Portimão.

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A noite promete não dar “tréguas” aos operacionais que se encontram no teatro de operações no combate às chamas em Monchique e Portimão, devido essencialmente ao vento que aumenta a intensidade das chamas.
 
O dia tem sido exigente para todos quantos estão no terreno, seja no combate aos fogos, seja na tentativa de proteger as suas habitações e bens.Pode dizer-se que, após o “inferno” vivido no passado fim de semana no concelho de Monchique, o Algarve voltou a ser consumido pela fúria das chamas dando lugar a um novo inferno.
 
O comandante distrital de operações de socorro de Faro, Vítor Vaz Pinto, perspetivou hoje que "a noite não será amiga dos bombeiros" no combate ao incêndio florestal em Portimão e Monchique, devido sobretudo ao vento forte.
 
O mesmo responsável sublinhou que, "O vento vai manter-se, as condições meteorológicas não nos vão facilitar muito a vida, por isso a noite não será amiga dos bombeiros".
 
Num ponto de situação feito pouco depois das 19h00 aos jornalistas, o responsável referiu que o incêndio - que deflagrou no sábado em Monchique e foi dado como extinto no domingo, mas teve um reacendimento na quarta-feira e chegou ao município de Portimão - continua a lavrar com "muita intensidade".
 
Segundo Vítor Vaz Pinto, o vento dificultou o trabalho dos meios aéreos que foram mobilizados para o local, uma zona com muito edificado disperso pela serra.
 
Ainda assim, não havia até àquela hora registo de primeiras habitações destruídas.
 
Relativamente às causas deste fogo, "É estranho que um incêndio que estava consolidado se tivesse reacendido de forma tão fulminante, mas caberá às autoridades investigarem", referiu o mesmo responsável.
 
Para o combate foram mobilizados mais de 500 operacionais e, segundo a página da Proteção Civil na Internet, cerca de 200 viaturas e nove meios aéreos.
 
Os clientes, hóspedes e funcionários do Hotel Pestana em Portimão, foram esta tarde evacuados por precaução e, segundo a presidente da autarquia, Isilda Gomes, “os hóspedes estão em conforto e segurança noutra unidade do grupo hoteleiro.”
 
Fazendo um ponto de situação face aos desalojados, Isilda Gomes adiantou que, "Só temos quatro pessoas no posto de acolhimento, maioritariamente situações de mobilidade reduzida". 
 
A autarca sublinhou que, o município está preparado para acolher outros moradores que necessitem.
 
Em termos de dimensão deste incêndio que teve origem no concelho de Monchique e que rapidamente chegou a Portimão, pode-se avançar que, três povoações do concelho de Portimão: Carriçal, Moinho da Rocha e Tabual - e o hotel Pestana junto ao Autódromo Internacional do Algarve tiveram de ser evacuados por precaução, face à intensidade do fumo, segundo o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro.
 
De acordo com o CDOS, foram retiradas 28 pessoas das três localidades.