Os resultados são surpreendentes e colocam os amigos e conhecidos no lote de maior confiança dos portugueses.
Tendo por base as conclusões de um estudo recente, os portugueses desconfiam cada vez mais de “tudo e de todos!”
Confiam em amigos e conhecidos, mas desconfiam da classe política e até dos membros da igreja.
O mesmo trabalho revela que, os portugueses confiam mais nos jornalistas do que nos políticos e nos padres.
O trabalho levado a cabo pela Aximage perguntou aos 600 inquiridos do barómetro político de Maio qual o grau de confiança que têm nas instituições e as respostas permitem concluir que os portugueses confiam mais nos jornalistas e na comunicação social do que nos políticos e na Igreja Católica.
O mesmo estudo dá conta de que, a confiança dos portugueses nas instituições é baixa. Como destaque estão as Forças Armadas e a Educação com nota positiva. Os média estão menos mal do que a Assembleia da República e a Igreja Católica. É nos amigos e conhecidos que os portugueses confiam.
A empresa de sondagens pediu aos inquiridos para avaliarem oito instituições com um grau de confiança que varia entre grande, médio ou pequeno. Com base nas respostas, construiu um índice de confiança, que oscila entre 0 e 20.
A instituição em que os inquiridos mais confiam são os amigos e conhecidos, que recebem um índice de confiança de 15,1.
Seguem-se as Forças Armadas, com um índice de 13,4. Logo depois estão as escolas e os professores, com 12,6. A comunicação social e os jornalistas ocupam a quarta posição, embora com nota negativa, de 9,8.
Os média despertam mais confiança nos portugueses do que o Governo (8,7), a Igreja Católica e os padres (8,2) e a Assembleia da República (7,9). Na última posição estão os tribunais e a justiça, com um índice de confiança de 6.
São os eleitores do PS quem mais confia nos jornalistas, ao passo que os eleitores com mais confiança no Governo e na Assembleia da República são os do PSD.
Curiosamente, os eleitores democratas-cristãos são dos que menos confiam nos padres e na Igreja Católica. Pelo contrário, os eleitores do BE são os que mais confiam nos padres sendo precedidos pelos apoiantes do PSD.
O estudo foi feito a 6, 7 e 8 de Maio para o Negócios e Correio da Manhã.