Tendo em conta a necessidade de se proceder a uma intervenção de fundo na Praia de Monte Gordo, o CDS do Baixo Guadiana foi ouvir os concessionários e perceber as razões do seu protesto.
O CDS do Baixo Guadiana disse ao Algarve Primeiro que, “os concessionários estão de acordo com as obras de intervenção na Praia de Monte Gordo, mas apontam a data de início dos trabalhos como prejudicial para a sua atividade”, dado tratar-se de uma zona crucial para o turismo, e numa altura que vai acarretar muitos prejuízos e incómodos, quer para os concessionários, quer para os visitantes.
O início das intervenções que visam requalificar toda a frente mar da Praia de Monte Gordo está agendado para o próximo mês de Março, altura em que se esperam turistas que visitam a região habitualmente na Páscoa, defendem os proprietários.
Ao nosso jornal, o CDS do Baixo Guadiana adiantou que, “as concelhias do CDS, de Castro Marim e de Vila Real de Santo António, se reuniram no passado dia 23 com os concessionários da Praia de Monte Gordo para ouvir as preocupações que estes manifestam em relação ao plano de obras previsto para a requalificação da Praia.”
Fonte do mesmo partido clarificou que, “analisamos as propostas apresentadas pelos concessionários sobre a calendarização dessas mesmas obras.”
Para o CDS do Baixo Guadiana, “ficou claro que, os 4 meses propostos para a execução das obras, é um período muito curto para assegurar que os trabalhos vão terminar no tempo devido.”
Note-se que, a requalificação envolve a demolição das estruturas existentes, construir as novas e equipá-las, pelo que, na posição dos concessionários, “é um prazo muito curto para executar com realismo todo o plano de obras proposto e tendo presente os desvios e contratempos existentes em obras desta dimensão.”
As obras de requalificação da frente de mar da Praia de Monte Gordo, tal como estão programadas, implicam que a 22 de fevereiro as demolições estejam concluídas e que a 31 de maio tudo esteja pronto para o início da época balnear.
Na posição do CDS do Baixo Guadiana que se mostra solidário com os concessionários da zona, “o turismo é uma fonte de rendimento significativa no Concelho, pelo que, não se pode perder a oportunidade de acolher os muitos visitantes que se deslocam ao Algarve e, mais concretamente a Monte Gordo nos próximos meses.”
O CDS recorda que, “estão em causa mais de 250 postos de trabalho directos que devem ser preservados”, sem esquecer que, “os prazos apresentados são reduzidos para a demolição e construção de novas instalações.”
Atendendo ao facto de, “também estarem envolvidas empresas especializadas de gás, electricidade, telecomunicações, saneamento e respetivas fiscalizações, ainda melhor se compreende a posição dos concessionários que sentem o negócio ameaçado numa altura do ano de extrema relevância.”
O CDS do Baixo Guadiana reforça o apoio aos concessionários considerando também “o impacto negativo na imagem de uma das mais emblemáticas praias do Algarve” e, evidenciando tratar-se de um período forte para o turismo no local, acrescentando que, “de outubro a março, no Concelho de Vila Real de Santo António, a taxa de ocupação turística é significativamente inferior à dos meses em que vão decorrer as obras previstas.”
Por todas estas razões, “o CDS do Baixo Guadiana (Castro Marim, Vila Real St António e Alcoutim) concluiu, tal como todos os Concessionários presentes que, as obras de requalificação da frente de mar da Praia de Monte Gordo deveriam ser iniciadas em outubro, ou seja, no final da época balnear.”
Victor Hugo Palma, líder do CDS do Baixo Guadiana, referiu ainda que "Ao contrário do que muitos dizem, os concessionários não estão contra a requalificação da frente de mar da Praia de Monte Gordo, cujas propostas apresentadas são adequadas à realidade do momento, pelo que temos de estar ao lado daqueles que, ao longo dos anos, contribuíram e muito, para projetar, nacional e internacionalmente, a imagem de excelência da Praia de Monte Gordo. Sem eles, com toda a certeza, esta praia seria diferente".
Na próxima segunda-feira será a vez da Deputada do CDS, Teresa Caeiro, eleita pelo círculo de Faro, reunir com os concessionários “de forma a estudar soluções que possam minimizar os impactos negativos da calendarização das obras propostas, quer na economia local, quer nos milhares de turistas que utilizam as mais diferentes instalações da Praia, já a partir de Março.”
Algarve Primeiro