Sociedade

Praia Maria Luísa regressa à normalidade

A Praia Maria Luísa regressa à normalidade depois do grande susto provocado pela derrocada de uma arriba no passado domingo.

PUB
 
O incidente ocorreu por volta das 13h00 de ontem e, os primeiros alertas colocavam a hipótese de vítimas e feridos, situação que gerou bastante instabilidade até ao momento em que as autoridades afastaram essa hipótese.
 
Sem vítimas e feridos registados, a preocupação das autoridades era a limpeza de 1000 toneladas de areia. O processo começou por volta das 21h00 e terminou na madrugada desta segunda-feira.
 
As arribas continuam na mira das autoridades que recomendam os cuidados habituais de segurança pedindo aos banhistas para  se situarem na praia a uma distância 1,5 vezes superior à altura da arriba.
 
A zona onde se registou a derrocada voltou a ser inspecionada pelas autoridades no final do dia com a ajuda de máquinas escavadoras. 
 
O comandante da capitania do porto de Portimão, Rui Santos Pereira aproveitou para apelar aos banhistas para que se afastem das falésias e mantenham a distância de segurança, que é 1,5 vezes a altura da falésia.
 
Junto ao local da derrocada estavam montados dois chapéu de sol, mas pertenciam aos Bombeiros Voluntários de Albufeira.
 
O diretor regional da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) disse que a arriba não estava identificada como sendo de risco iminente.
 
Segundo Sebastião Teixeira, as arribas "são, por natureza, instáveis" e, por isso, "põem cair a qualquer momento", sendo que 80 por cento das arribas caem devido à ação direta do mar e da chuva, enquanto 20 por cento é por atingirem o limite.
 
Sebastião Teixeira reiterou ainda que as arribas "são sempre instáveis" e que "nascem para cair", embora não se consiga precisar o momento em que vão cair.
 
A colocação de barreiras para que os banhistas não acedam a esses locais é "uma equação impossível" devido à ação do mar, pois obrigaria a que fossem substituídas a cada 12 horas, com a subida da maré, concluiu.