Luís Monteiro e João Vasconcelos questionaram o Governo sobre o facto da Universidade do Algarve suprir as suas necessidades com pessoal recorrendo a recurso humanos altamente qualificados e de elevada competência com vínculo precário, sem, e até ao momento ter aberto um concurso que resulte num concurso ao abrigo PREVPAP - Programa de Regularização dos Precários do Estado.
Os parlamentares do Bloco de Esquerda destacam na pergunta dirigida ao Governo através do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior que ao longo dos última década, a UAlg tem recorrido sistematicamente à "utilização de recursos humanos altamente qualificados e de elevada competência (como é o caso dos gestores de ciência e tecnologia, dos investigadores de pós-doutoramento, entre outros), que têm vindo a assegurar, ano após ano, através de vínculos precários e sucessivas bolsas, a atividade técnica, científica e docente desenvolvida na Universidade do Algarve", referindo-se em concreto a "51 colaboradores técnicos e a 18 investigadores" aos quais a instituição a tem vindo a socorrer sucessivamente e com o recurso a "bolsas de diversas tipologias, suportadas, ou não, por projetos de investigação, para suprir as necessidades de pessoal". A maioria destes trabalhadores encontra-se em funções na UAlg há mais de 6 anos e em alguns casos há mais de 10 anos. No entanto e até ao momento, não foi aberto, qualquer concurso que venha a resultar na celebração de contratos ao abrigo do Programa de Regularização dos Precários do Estado.
Os Deputados bloquistas questionam ainda que diligências o Ministério pondera tomar neste caso, sabendo que a reapreciação por alegada falta de verba é ilegal, e segundo o reitor, a UAlg não tem capacidade financeira para assumir o compromisso desta contratação, dado que no orçamento para 2019, não estão contemplados os cerca de 750 mil euros que assumem a contratação dos 34 bolseiros, e os restantes 16 contratos a termo certo já estariam a ser diretamente financiados por verbas atribuídas à instituição, as quais também não estariam incluídas no Orçamento de 2019.
O BE não entende que "se num primeiro momento, o Reitor deu parecer positivo a todos os requerimentos do Programa de Regularização dos Precários do Estado, inexplicavelmente, assumiu agora que quer voltar atrás com a sua própria decisão, pedindo a reapreciação dos requerimentos já votados e aprovados".