A iniciativa é do Ministério da Educação, mas o júri é presidido por Guilherme d’Oliveira Martins que decidiu não premiar candidaturas do Alentejo e do Algarve por considerar que não “atingiram limiar mínimo”. Será ainda atribuído nesta segunda-feira pela primeira vez o selo de escola voluntária a 47 estabelecimentos de ensino.
A Escola Secundária Dr. Joaquim Gomes Ferreira Alves, em Vila Nova de Gaia, o agrupamento de escolas de Santo António, no Barreiro, e a escola secundária Dr. Joaquim de Carvalho, na Figueira da Foz, vão receber nesta segunda-feira o Prémio de Escola – Mérito Institucional, atribuído pelo Ministério da Educação e Ciência (MEC) com o objectivo de reconhecer a excelência de diferentes escolas do país. Ao contrário da última edição, o Alentejo e o Algarve não têm escolas premiadas.
Segundo o "Público", o prémio, que vai na segunda edição, distingue uma escola, do pré-escolar ao secundário, pública ou privada, no Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve. Questionado sobre o facto de este ano o júri não ter premiado escolas do Alentejo e Algarve, o MEC remeteu para o presidente do júri, Guilherme d’Oliveira Martins – presidente do Tribunal de Contas – que disse apenas, por email, que “as candidaturas do Alentejo e Algarve não atingiram o limiar mínimo para obter os galardões”.
Este ano, entre 18 escolas ou agrupamentos concorrentes, foram escolhidas aquelas que, no ano lectivo anterior, promoveram alguns dos objectivos estipulados, como o sucesso dos alunos, a participação dos encarregados de educação, que desenvolveram o ensino experimental das ciências, difundiram o interesse pelas artes, diminuíram o insucesso escolar e o abandono precoce, entre outros.
Embora Guilherme d’Oliveira Martins ressalve que “o objectivo fundamental do prémio é o reconhecimento qualitativo”, este ano o prémio material é uma televisão, com o patrocínio de uma empresa privada, um louvor em Diário da República e um troféu. Se no ano passado foram livros, oferecidos por editoras, este ano é um ecrã plasma que, segundo o MEC, pode ser usado, entre “diversas outras funcionalidades”, para, por exemplo, ver “vídeos e filmes didácticos, nomeadamente nas aulas de línguas”.
As decisões de distinguir a escola de Gaia, no Norte, o agrupamento do Barreiro, na área de Lisboa e Vale do Tejo e a escola da Figueira da Foz, no Centro, assim como a de não premiar qualquer candidatura do Algarve e Alentejo, foram, segundo Guilherme d’Oliveira Martins, “tomadas por unanimidade”.