O Algarve Primeiro falou com o presidente da ARS/Algarve - Administração Regional de Saúde à margem da apresentação da Unidade de Saúde Móvel de Portimão, momento em que Paulo Morgado fez referência ao 40º aniversário do Serviço Nacional de Saúde em Portugal.
Para este responsável, “o SNS tem vindo a progredir num crescendo no nosso país, sendo reconhecido pelos seus congéneres europeus como um serviço de referência que se situa entre os dez melhores do mundo”.
Paulo Morgado assumiu que, “têm sido anos de dificuldades que passam pela necessidade de aquisição de novos equipamentos, saídas de profissionais para o setor privado, mas ainda assim, no tempo, vamos conseguindo colocar o SNS na linha que pretendemos: sempre capaz de dar uma melhor resposta em termos de cuidados de saúde à população”.
No que se refere ao facto de muitos profissionais terem saído do serviço público para o privado, Paulo Morgado afirma que “neste momento já estamos a viver um sentido inverso, uma vez que, muitos profissionais já querem regressar ao SNS por perceberem que lhes dá uma perspetiva de carreira. Tudo isso nos motiva para fazermos os investimentos necessários, mas sabemos que os problemas que temos em mãos não se resolvem num curto espaço de tempo, muito menos numa legislatura”.
O responsável pela ARS/Algarve referiu ao nosso jornal que, “passamos por anos de menor investimento que agora precisam de ser recuperados. Sabemos que a compra de equipamentos de grande envergadura precisa de muito dinheiro e que são precisos alguns anos para que possamos estar dotados das melhores condições, ainda assim, tudo se está a fazer para manter a qualidade e o reconhecimento que o SNS tem merecido ao longo destes 40 anos”.
No caso concreto do Algarve, Paulo Morgado mostra-se otimista “com as condições que estão a ser criadas para atrair novos profissionais médicos; com dinâmica e vontade de seguir este espírito que se pretende no nosso SNS” está certo de que, “no tempo, teremos muitos dos atuais problemas resolvidos”.
Nas mesmas declarações, Paulo Morgado apresentou como novidade um projeto que está para ser concretizado no CHUA, Centro Hospitalar Universitário do Algarve, “muito em breve que é o serviço de hospitalização no domicílio”.
O mesmo responsável clarificou que, “este serviço pretende por um lado, dar resposta à necessidade de internamento de doentes, enquanto que alivia os hospitais da região e permite o máximo conforto dos doentes em casa”.
Este projeto será colocado em prática com o acompanhamento de equipas “que se deslocam do hospital e que vão prestar cuidados médicos ao domicílio”. Para Paulo Morgado, “trata-se de um investimento muito positivo, uma vez que liberta muitos doentes das unidades hospitalares, enquanto que permite que disponham de todo o acompanhamento no conforto do seu lar”. Trata-se de uma medida que “vai ser implementada pela CHUA com o apoio da ARS/Algarve e que visa uma saúde de proximidade; o próximo passo do SNS”.
Paulo Morgado deixa a mensagem de que “ainda há muito por fazer, há muito investimento que é necessário, precisamos de mais profissionais para que o SNS funcione em pleno e como gostaríamos, mas a seu tempo, vamos conseguindo colocar os cuidados de saúde como pretendemos”.
O responsável pela ARS/Algarve recorda que, “quando existem problemas graves de saúde é ao SNS que as pessoas recorrem. Com todo o respeito pela medicina privada, mas todos sabemos que trata as situações mais simples. Todos os portugueses sabem que é no serviço público que estão os melhores profissionais e os melhores equipamentos. É por isso que tenho orgulho em celebrar estes 40 anos em que se atingiu a maturidade destes serviços e que pretendemos que a mesma continue com mais qualidade e proximidade com os portugueses”.