Após vários meses de diálogo e de realização de reuniões com a Reitoria da Universidade do Algarve o Presidente da Direção Geral da Associação Académica da Universidade do Algarve, manifesta desagrado relativamente a diversas situações que "carecem de uma resolução rápida", para que o bom funcionamento da universidade esteja assegurado e as infraestruturas estejam em condições para o aumento de alunos da UAlg.
Em comunicado Pedro Ornelas, lembra que relativamente à mudança da Escola Superior de Saúde para o Campus de Gambelas, a estrutura associativa que representa, não se mostra contra nem favorável a essa mudança, apenas «aceitaríamos uma solução que não fosse prejudicial para os estudantes».
O Presidente da AAUALG diz em comunicado, que apesar de «termos iniciado um ano letivo com o aumento do número de alunos, também somos estudantes e presenciamos diariamente uma realidade escondida desses “números de sucesso”».
Pedro Ornelas revela que com o crescente número de alunos da universidade, a procura de alojamento aumentou, sendo a oferta cada vez mais diminuta, levando os agregados familiares a terem de suportar despesas "abrutas" face à sua realidade financeira.
Outra consequência tem a ver com o aumento da procura dos serviços, «o que faria prever que fossem encontradas soluções viáveis ao normal funcionamento dos campi, situação que não se verifica».
No mesmmo comunicado é referido que os estudantes relatam grande dificuldade em realizar refeições no refeitório dos Serviços de Ação Social da UAlg no Campus de Gambelas pela falta de funcionários, obrigando os estudantes a esperarem tempos prolongados para realizar uma simples refeição, quando muitos desses estudantes têm pouco tempo para almoçar, com os refeitórios a serem a única solução viável para uma refeição completa, dada a sua realidade financeira.
O estacionamento continua a ser um problema, nos campi da Penha e de Gambelas, já que o número de lugares continua a ser manifestamente inferior ao que seria desejado para alunos, docentes e não docentes, existindo um número grande de lugares de estacionamento que diariamente não são utilizados devido a estarem em locais de acesso reservado.
Os problemas relatados também se referem às salas de aula, de vários edifícios, com problemas no sistema de ar condicionado «tornando quase impossível» a realização de aulas naqueles espaços devido ao calor que se faz sentir durante o dia, tendo a situação sido reportada por estudantes e professores.
Pedro Ornelas confirma ainda que a Reitoria tem conhecimento de todos estes problemas, pelo que «até ao momento, não apresentou nenhuma solução imediata e de curto prazo, que vá de encontro às necessidades imediatas dos alunos que já iniciaram o ano letivo».
«Quando confrontados pelos dirigentes associativos da AAUAlg, a reitoria sempre apresentou possibilidades de soluções, que receberam o nosso apoio como resolução para os problemas apresentados, mas que até ao momento não foram postas em prática», frisa o representante dos 8 mil alunos da Ualg.