Política

Presidente da Câmara de Faro promete mais investimento na educação, segurança e habitação

Executivo farense liderado por Rogério Bacalhau
Executivo farense liderado por Rogério Bacalhau  
O Teatro das Figuras recebeu na segunda-feira, o ato de instalação dos novos órgãos municipais eleitos no dia 26 de setembro.

A cerimónia foi marcada pela eleição do novo presidente da Assembleia Municipal, Cristóvão Norte, e pelo início do terceiro mandato de Rogério Bacalhau como presidente da Câmara Municipal de Faro.
 
A sessão arrancou com a tomada de posse dos 31 membros eleitos para a Assembleia Municipal, incluindo os quatro presidentes de juntas de freguesias do concelho: Bruno Lage (União das Freguesias de Faro); Virgínia Alpestana (Montenegro); José António Jerónimo (União de Freguesias de Conceição) e Sérgio Martins (Santa Bárbara de Nexe).
 
Seguiu-se a tomada de posse do executivo municipal para o novo mandato. Além do presidente da Câmara Municipal, Rogério Bacalhau, tomaram posse Paulo Santos (vice-presidente) e os vereadores Sophie Matias, Carlos Baía, Adriano Guerra (que transitam da equipa de vereação anterior) e Teresa Santos, também eleita pela coligação “Unidos por Faro”. Eleitos pelo Partido Socialista, assumiram funções Anabela Afonso, Aquiles Marreiros e Paula Matias, em substituição de João Marques, que abdicou do mandato.
 
De seguida, procedeu-se à votação para a Mesa da Assembleia Municipal, tendo sido apresentada a sufrágio apenas uma lista candidata. A eleição registou 16 votos na lista A e 15 votos nulos, tendo o cabeça de lista Cristóvão Norte – que conta com Francisco Soares como primeiro secretário e Cláudia Luz como segunda secretária – assumido a partir deste momento a condução dos trabalhos, no lugar do presidente cessante da mesa da Assembleia Municipal, Luís Graça.
 
No discurso de tomada de posse, do seu terceiro e último mandato enquanto presidente, Rogério Bacalhau agradeceu "o apoio de todos", permitindo obter a mais alta votação que algum edil jamais registou em Faro.
 
Para os próximos quatro anos, pretende continuar a apostar na “requalificação do espaço público, em particular as áreas verdes e levando qualidade e conforto às vias de circulação da cidade e freguesias”.
 
Outra das prioridades elencadas passa pelo reencontro de Faro com a sua vocação de cidade costeira: “Os projetos que temos estão maduros e foram minuciosa e demoradamente escrutinados por diversas entidades governamentais: a APA, a Docapesca, os Portos, a Marinha, o Parque Natural… todas elas já foram chamadas a pronunciar-se, algumas mais do que uma vez, sobre o que vamos fazer: no Quilómetro Cultural, na Fábrica da Cerveja, na Doca de Recreio e em todo o passeio que vai do Parque Ribeirinho até ao Largo de São Francisco”.
 
Ainda assim, o presidente da Câmara Municipal de Faro pede “mais celeridade nas decisões do Governo” uma vez que, além destes projetos, há “outras oportunidades de desenvolvimento” que se perdem por ficar “moribundas no tampo de uma secretária em Lisboa”.
 
Deu como exemplo o projeto para o Cais Comercial: “Contam-se 3 anos desde que a Senhora Ministra do Mar aqui veio a Faro, num Dia da Cidade, comprometer-se com o andamento do plano de pormenor para o Cais Comercial. Um mandato passou, e entre mudanças governamentais e uma pandemia, tudo permanece sem despacho. E assim a cidade vai perdendo oportunidades de ouro para se chegar à frente como cidade náutica, com uma marina singular, que será simultaneamente centro de investigação e destino de investimento para público e privados, na transformação de uma parcela de território que parece esquecida mas que encerra em si um potencial inacreditável. 300 quilómetros de distância não justificam tamanho atraso”, lamentou.
 
Na mesma sessão, foram anunciados investimentos, nas áreas da educação, com a construção da Escola Básica D. Afonso III, na segurança, com a constituição do corpo de Polícia Municipal e o projeto de videovigilância, ou na Habitação. Nesta última questão, Rogério Bacalhau falou de alguns constrangimentos: “Através do respectivo Ministro, o Governo anunciou que por via do PRR iria financiar todas as estratégias locais de habitação. No nosso caso, o envelope financeiro prometido é superior a 28 milhões de euros, mas já sabemos que as palavras nem sempre têm correspondência em atos. Mas com ou sem as verbas prometidas pelo Governo, quero assegurar aos farenses que os projetos de habitação social não sairão. Para isso, estamos já a consultar a banca (…) para irmos avante com a habitação social que o concelho necessita e que ninguém faz há mais de 20 anos. Também a habitação a custos controlados seguirá, como novos fogos nos dois lotes já alienados para o efeito”, garantiu.