O movimento referiu que o projeto de salvaguarda das Alagoas Brancas, que foi apresentado pelo Município, terá sido rejeitado pelas entidades ICNF, APA e CCDR, porque "não obedeceu aos critérios de proteção ambiental requeridos para a área", pondo em causa o prazo de conclusão que seria até final de 2025, com "risco sério do Fundo Ambiental pedir de volta os fundos que deu para comprar as Alagoas".
Questionado pelo Algarve Primeiro, o presidente da Câmara de Lagoa discordou, esclarecendo que o Município está em conversações com o ICNF de forma a avançar com o projeto: "a Câmara está a cumprir escrupulosamente com aquilo com que se comprometeu, adquirimos os terrenos negociando com o promotor, não vamos construir o que estava previsto que eram lotes industriais. Fizemos um masterplan, mandámos para as entidades, as respostas das entidades não chegaram em tempo útil, reunimos com o ICNF e com as entidades, está criado um grupo de trabalho para ouvirmos as associações ambientalistas e será com base nos contributos das associações ambientalistas e dos nossos serviços, cumprindo os pareceres das entidades, que vamos reformular o masterplan e avançar com o projeto para renaturalizar as Alagoas Brancas e construir o bioparque municipal naquele local", adiantou.
Luís Encarnação assinalou que a possibilidade de devolução dos fundos do Fundo Ambiental não se põe, porque o projeto tem sofrido diversas contingências relacionadas com pareceres de várias entidades, tendo o ICFN sido informado que o mesmo não estaria concluído até final de 2025. "O que posso dizer é que as coisas estão a decorrer dentro da normalidade, agora não aceito que as Alagoas Brancas estejam ao abandono ou haja abandono da ideia para aquele local, até porque o projeto já está acomodado dentro do orçamento municipal", assegurou.
