Sociedade

Presidente da Junta de Ferragudo apela ao protesto nas urnas contra fecho de banco

O presidente da Junta de Freguesia de Ferragudo, em Lagoa, apelou hoje à população para "que faça sentir nas urnas", a 25 de maio, o protesto contra o encerramento do balcão do Banif, única agência bancária naquela localidade algarvia.

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"O apelo é para que as pessoas demonstrem através do voto o seu desagrado e protestem nas eleições europeias, de forma a fazerem sentir aos partidos o descontentamento pela degradação que se tem verificado em serviços essenciais", disse à agência Lusa Luís Alberto. 
 
Segundo o autarca, o anúncio do encerramento do balcão do Banif na vila de Ferragudo "foi comunicado à junta, enquanto cliente", na passada semana. 
 
A localidade, disse, ficará agora privada de serviços bancários. 
 
"Em abril de 2013, o Santander Totta encerrou o balcão, pelo que, além de ficar sem nenhuma entidade bancária na vila, Ferragudo ficará apenas com dois multibancos em funcionamento", lamentou o autarca. 
 
Luís Alberto considerou que "a imagem do Algarve sai prejudicada" com o encerramento de serviço essenciais para a população e para os milhares de turistas que durante o verão visitam Ferragudo, numa região fortemente turística. 
 
"No verão, quando a atividade turística tão defendida como alavanca económica para o Algarve trouxer milhares de visitantes nacionais e estrangeiros, os mesmos não encontrarão nenhuma entidade bancária, isto em pleno século XXI, onde os mercados ditam a sua lei", sublinhou. 
 
O autarca acrescentou que a junta "não pode deixar de repudiar atitudes destas, que numa total falta de sensibilidade para com os cidadãos colocam a freguesia perante uma evidência que não possibilita a resposta em defesa dos que vivem e dos que visitam a vila" e prometeu levar "o seu repúdio aos deputados da Assembleia da República e demais entidades competentes". 
 
O Banif anunciou a 17 de março a antecipação do plano de reestruturação do banco e a abertura imediata de um programa de rescisões voluntárias e reformas antecipadas com o objetivo de reduzir em 300 o número de funcionários. 
 
A saída de pessoal vai ser acompanha pelo fecho de mais 60 balcões, concluindo-se assim o processo de encerramento de 120 balcões definidos no início de 2012.