Para Lourenço Pinheiro, "A verdade é que a criação de um curso de Direito na Universidade do Algarve não é nova, mas também não é recente. A oportunidade mais próxima da materialização deste objetivo foi ainda na década de 90, quando se procurou um 'sistema misto' entre a universidade algarvia em parceria com a Universidade de Lisboa – que acabou por não se concretizar", explica numa nota enviada ao Algarve Primeiro.
Adianta que esta possibilidade caiu no esquecimento, "sem grandes envolvimentos ou esperança de renascimento". Sublinha, no entanto, que a mais recente proposta foi lançada por um grupo de jovens – encabeçado por Lourenço Pinheiro de Melo – "que procurou acender uma luta pelo crescimento da Universidade do Algarve".
A ideia foi lançada no dia 11 de agosto, que incluiu o lançamento da petição pública – Expandir UALG, defendendo a criação da Faculdade de Direito da Universidade do Algarve, mas também a extensão do Mestrado Integrado em Medicina para 6 anos.
Na nota, Lourenço Pinheiro de Melo confirma os contactos com Grupos Parlamentares da Assembleia da República, com o Ministério da Educação, Ciência e Inovação, assim como com a própria Universidade do Algarve, com o anterior reitor Paulo Águas e com o núcleo de Direito.
O presidente da Juventude Popular de Faro lamenta a este propósito, as declarações de António Miguel Pina: "Querer aproveitar-se de um projeto, construído por jovens e em função da academia, exclusivamente para benefício próprio, é uma atitude politicamente incorreta e humanamente insensível".
Diz ainda que "o objetivo nunca foi politizar o nosso projeto, fizemo-lo a título apartidário, mas reconheço que para conseguirmos realizar o nosso objetivo é preciso contactar certas entidades políticas – não vejo mal nenhum nisso".
Termina referindo que não quer "ficar com os louros, não trabalho dessa forma", a missão é tornar a UAlg "maior e mais dinâmica", e se tiver de se retirar do projeto para este avançar, promete que o fará".