Economia

Previsões do Banco de Portugal colocam economia portuguesa a crescer já a partir de 2021

 
Os economistas têm traçado alguns cenários possíveis para a forma como a economia portuguesa vai reagir após a pandemia da Covid -19 e, neste sentido, o Governador do Banco de Portugal prevê que, “se o impato Coronavírus for limitado, a economia portuguesa vai cair, 3,7% este ano”. Nas mesmas projeções, o Banco de Portugal coloca as coisas noutros moldes anotando que, “se assim não for pode descer até 5,7%”.

 
A instituição liderada por Carlos Costa regista no boletim económico de março que, no cenário base, estima-se uma redução de 3,7% do PIB real em 2020. Assume-se que “o impacto económico da pandemia é relativamente limitado, o que decorre, em parte, da hipótese de que as medidas adotadas pelas autoridades económicas são bem-sucedidas na contenção dos danos sobre a economia."
 
Assim, tendo por base o mesmo documento, estima-se que, a economia portuguesa apresenta um crescimento ainda fraco em 2021 (0,7%), recuperando mais notoriamente em 2022 (3,1%).
 
O Banco de Portugal regista que, num cenário adverso, "assume-se que o impacto económico da pandemia é mais significativo devido à paralisação mais prolongada da atividade económica em vários países, conduzindo a maior destruição de capital e perda de emprego".
 
A instituição assinala que, “Este cenário considera também uma maior incerteza e níveis de turbulência mais significativos nos mercados financeiros" e nestas condições, a economia portuguesa poderá registar uma recessão mais profunda, com o PIB a reduzir-se 5,7% em 2020.
 
Em termos de projeções, o mesmo documento realça que, nos anos seguintes, a atividade económica recupera, prevendo-se um crescimento de 1,4% em 2021 e de 3,4% em 2022.
 
Acrescenta ainda o Banco de Portugal que "a incerteza em torno destes cenários é muito elevada tendo em conta a evolução recente da pandemia, as medidas de confinamento adotadas pela generalidade dos países, a elevada perturbação nos mercados financeiros e as medidas de política que têm vindo a ser sucessivamente reforçadas em várias jurisdições. Atendendo às condições de partida e à incerteza que envolve a crise em curso, não podem ser excluídos cenários ainda mais adversos", concluiu a mesma fonte.