O Prémio Regional «Maria Veleda» é uma iniciativa da Direção Regional de Cultura do Algarve.
Trata-se de uma iniciativa que se propõe destacar e reconhecer a atividade cultural de personalidades algarvias, protagonistas de intervenções particularmente relevantes e inovadoras na região e, também dar um contributo à medida «Mulheres criadoras de cultura», preconizada no V Plano Nacional para a Igualdade de Género, Cidadania e não Discriminação a decorrer no período 2014-2017.
Maria Veleda (1871-1955), pseudónimo de Maria Carolina Frederico Crispim, nasceu em Faro, em 1871. Foi professora primária e pioneira na luta pela educação das crianças e pelos direitos das mulheres, pelos ideais de justiça, pela liberdade, pela igualdade e pela democracia.
No dia 10 de Outubro de 2016 reuniram-se os elementos do júri, constituído por Alexandra Rodrigues Gonçalves, Diretora Regional de Cultura do Algarve, que presidiu à reunião, Ana Paula Amendoeira, Diretora Regional de Cultura do Alentejo, António Branco, Reitor da Universidade do Algarve (UALg), Idálio Revez, Jornalista do «Público», José Carlos Barros, Arquiteto Paisagista (deputado), Lídia Jorge, Escritora, Mirian Tavares, Docente, Natividade Monteiro, Professora e Investigadora e Paulo Cunha, Professor de Música, para avaliar as oito candidaturas rececionadas.
Em reunião de avaliação do conjunto das candidaturas recebidas para o Prémio Regional «Maria Veleda» | 2016, o Júri, deliberou por unanimidade, distinguir com o Prémio Regional "Maria Veleda" 2016, o Professor José Luís Leite da Silva Louro, por reconhecer que no seu percurso de vida os princípios de igualdade de género e de oportunidades, bem como do exercício de uma cidadania ativa estão presentes na sua atividade de pedagogo e de cidadão, com uma participação cívica e cultural ativa no Algarve, dando uma clara resposta aos critérios subjacentes à criação desta distinção.
A cerimónia de entrega do galardão, com uma dotação de 5 mil euros, aconteceu hoje no Teatro Lethes, em Faro, com a presença entre outras individualidades do Presidente da Câmara Municipal de Faro, Rogério Bacalhau, da Diretora Regional de Cultura, Alexandra Gonçalves, António Branco, Reitor da Ualg, Dália Paulo, Comissária do Programa 365 Algarve, todos os elementos que compuseram o júri, e o apoio da ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve.
Foi uma cerimónia recheada de talento algarvio que prestou homenagem em palco a José Louro, desde a música ao bom humor, até ao visionamento de um documentário sobre a vida e obra do professor, num trabalho da Algarve Film Commission.
O autarca de Faro, Rogério Bacalhau dirigiu-se ao homenageado, dizendo que é um homem de "afetos com todos aqueles com quem se cruzou", elogiando a sua carreira enquanto professor e encenador.
Alexandra Gonçalves, Diretora Regional de Cultura do Algarve, destacou que José Louro é uma personalidade com uma "profunda sabedoria da literatura portuguesa, um homem calmo, amigo, encenador e professor e educou para as artes", acrescentou.
Por seu lado, nas suas breves palavras ao público presente, José Louro, agradeceu o prémio, sobretudo, a Maria Veleda, a que endereçou um "abraço pela sua luta".
Aproveitou a ocasião para destacar o papel da mulher e a sua emancipação, atrevendo-se a dizer "que hoje já não é o sexo fraco".
No final da cerimónia Alexandra Gonçalves referiu ao Algarve Primeiro, que o júri deste prémio demonstrou a sua idoneidade na avaliação das candidaturas apresentadas este ano, "foram pessoas escolhidas com base no seu percurso de vida, e na sua relação com o Algarve e a cultura da região, por isso temos total confiança neste trabalhos, na seleção feita em torno das candidaturas e no resultado que foi apresentado, porque o Algarve merece ter um prémio que dignifique, as personalidades na área da cultura".
Algarve Primeiro
