A luta dos professores está longe de terminar, estando agendada uma greve nacional e diversas formas de luta.
Na base das reivindicações dos docentes, está a intenção do governo de não contabilizar quase uma década de tempo de serviço.
A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) promete "a maior greve da década" para amanhã. E avisa que, em face do que classifica de desresponsabilização do governo em relação às progressões das carreiras, os protestos da classe não irão ficar por aí, estendendo-se até 2018 e podendo abranger momentos delicados do ano letivo, como "as avaliações" do primeiro período.
A contestação dos professores já está a fazer sentir-se nas escolas, já que, segundo a Fenprof, desde a semana passada que está a decorrer uma greve a tarefas "letivas" não consideradas como tal pelo ministério, como o apoio a alunos com dificuldades no aproveitamento.
A Federação Nacional de Educação deu ontem início a uma greve ao primeiro tempo de aulas, que irá durar até final do 1.º período.
Os sindicatos têm falado com os partidos, de onde esperam poder sair pressão sobre o governo. Mas têm também dialogado entre si no sentido de articularem novas ações de luta caso o governo não recue nesta matéria. A greve de amanhã é mais um passo na intensificação dos protestos. Adianta o sindicato que, "os professores deram um sério aviso ao governo no passado dia 27, quando aderiram, muito acima do que é normal acontecer, a uma greve de toda a administração pública. E estou convicto de que [a paralisação de amanhã] vai ser uma greve de professores como há muito não se vê".
Ao DN, Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, sublinhou que, "Será a maior greve da década. Não tenho dúvida nenhuma a esse respeito”.