Após os plenários com os trabalhadores da Saúde, o SEP refere que foram identificados novos problemas que influenciam e colocam em causa as prestações de cuidados aos doentes/utentes.
O SEP – Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, confirma em comunicado que os trabalhadores "foram unânimes na necessidade de continuar a denunciar publicamente a degradação das condições de trabalho e decidiram formas de luta".
Em declarações ao Algarve Primeiro, Nuno Manjua, coordenador regional do SEP, confirmou que está prevista uma paralisação de 24 horas de médicos, enfermeiros, pessoal auxiliar e administrativo, para o próximo dia 22 de Agosto.
Nuno Manjua, adiantou ainda, que nesse dia está prevista pelas 17h00, "uma tribuna pública, frente à ARS - Algarve, envolvendo cidadãos, profissionais, políticos, deputados e autarcas, para chamar a atenção do estado grave em que se encontra a saúde no Algarve".
Envolvidos nesta iniciativa estão o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, Sindicato dos Médicos da Zona Sul e o Sindicato da Função Pública do Sul.
O coordenador regional do SEP, frisou ainda ao Algarve Primeiro, que imperam as lacunas quer de pessoal e de material nos serviços, e lembra que foram abertos concursos para o preenchimento de vagas para médicos, "mas estes não têm concorrido, pelo que as vagas continuam por ocupar e os doentes à espera de profissionais de saúde".
Por outro lado, Nuno Manjua, ressalva que a contratação de 45 enfermeiros, pouco tem resultado, dado que nos últimos tempos sairam 90 enfermeiros.
Por todas estas razões, este responsável, faz um apelo à população "para que se mobilize em defesa da saúde no Algarve, sob pena de a perdermos".
Nuno Manjua, lembrou que a ARS – Administração Regional de Saúde, admitiu que faltam 823 profissionais de saúde na região algarvia.