Ambiente

Projetos que promovem a biodiversidade em meio urbano "começam a dar frutos" no Município de Loulé

 
Com o objetivo de proteger os valores naturais do território e a biodiversidade, o Município de Loulé diz em comunicado, que dois projetos implementados em espaços urbanos, "já começaram a dar frutos".

Em 2020, a autarquia deu início ao projeto “Alojamento Local para Aves”, numa parceria com a Associação Vita Nativa – organização portuguesa sem fins lucrativos para a conservação do ambiente. Este projeto pretende estimular a fixação de aves em meio urbano e periurbano, contribuindo não só para a promoção da biodiversidade, como também para uma maior sensibilização da sociedade para a importância ecológica destas espécies no nosso quotidiano, nomeadamente no papel que detêm no controlo de pragas biológicas. 
 
De acordo com a câmara, neste momento já existem 62 caixas-ninho instaladas no concelho (Loulé, Quarteira e brevemente em Almancil), no âmbito do projeto, bem como 2 anos de existência de dados científicos de monitorização, como a localização geográfica das caixas, o nº de visitas ao local, a ocupação, a espécie e se existem indícios de reprodução.
 
Por outro lado, através das atividades de educação e sensibilização do Centro Ambiental, surgiu o projeto “Guardiões do Jardim das Comunidades”, no qual estiveram envolvidas 5 turmas de 5º ano da Escola Básica 2,3 Dr. António de Sousa Agostinho, em 12 sessões alusivas aos temas Água, Flora, Fauna e Criação de Conteúdos, para apoio na sinalética a implementar no Jardim nas Comunidades, em Almancil.
 
O tema Fauna foi trabalhado em parceria com a Associação Vita Nativa com a construção de 20 hotéis para insetos que, por sua vez, foram instalados no Jardim das Comunidades e em alguns recintos escolares do agrupamento. Neste momento, estão instalados 8 hotéis para insetos no recinto escolar da Escola EB 2,3 Dr. António de Sousa Agostinho, 6 hotéis no Jardim das Comunidades em Almancil e os últimos 6 foram colocados em escolas do 1º ciclo do mesmo agrupamento.
 
 
Na mesma nota é realçado que os hotéis para insetos contribuem para conservar a biodiversidade local, oferecendo abrigo a diferentes espécies de insetos, que estão na base da cadeia alimentar de muitos animais, sendo fundamentais na reprodução/produção de várias plantas/alimentos para benefício humano, através da polinização, sendo "uma excelente forma de sensibilizar os cidadãos para a importância da conservação destes pequenos animais, bem como na adoção de boas práticas ambientais".
 
O Município esteve ainda envolvido, em 2020, no Projeto “Cadoiço Vive”, liderado pela Almargem – Associação de Defesa do Património Cultura e Ambiental do Algarve, sendo um dos objetivos principais, o reforço da fauna silvestre junto da ribeira do Cadoiço, tendo sido colocadas 30 caixas-ninho para aves, 13 abrigos para morcegos e 4 hotéis para insetos, números que acrescem às ações mencionadas.
 
“Não há tempo a perder! É fundamental a mudança de comportamento por parte da sociedade, sendo urgente transmitir e difundir informações, conhecimentos e conceitos que permitam criar uma consciência crítica e alertar e sensibilizar um maior número possível de cidadãos, não só para as referidas questões e problemáticas ambientais, mas sobretudo para a sua possível prevenção e mitigação”, ressalvam os responsáveis municipais.