O PS Albufeira considera "inaceitável" que não haja qualquer justificação para a falta de investimento e incapacidade de execução evidenciada pelo executivo municipal quando assume que vai transitar de exercício com um saldo de gerência de cerca de 80 milhões de euros.
Para os socialistas "trata-se de uma gestão que é caraterizada pela incapacidade de apresentarem e executarem um modelo económico assente no crescimento e desenvolvimento social e cultural".
"Áreas de intervenção como a habitação, a requalificação urbana, espaços verdes, transportes urbanos, saneamento, cultura, não têm luz verde neste orçamento", critica o PS em comunicado enviado à comunicação social.
O PS defende que "com os recursos existentes é inadmissível que a proposta de Orçamento Municipal evidencie uma completa omissão de recursos alocados a enfrentar o problema que é a falta de habitação a preços acessíveis".
O PS chama a atenção para a questão do saneamento, dizendo que a freguesia de Paderne tem hoje "50% das suas habitações sem ligação à rede de saneamento público, e sem verbas alocadas para resolver este problema".
Na requalificação urbana, os socialistas dizem estar de acordo que as zonas de Montechoro e Av. Sá Carneiro (norte e sul) e Oura, precisam de uma intervenção urgente, mas "a pergunta que se põe é saber qual a natureza dessa intervenção, com que pressupostos serão elaborados estes projetos, qual o modelo de espaço público que se pretende ou qual a regulação e ordenamento que se perspetiva para este espaço da cidade".
O PS acusa ainda o executivo de pretender lançar um conjunto de intenções de repavimentação de vias "tudo obras sem projetos, sem previsão de prazos de execução, com meras estimativas de investimento".
No mesmo comunicado é realçado que "a rede municipal de transportes é esquecida, não há projetos para sua expansão ou melhoria, a mobilidade interurbana e urbana não é prioridade municipal, não há qualquer proposta ou investimento que evidencia uma aposta no desafio que é a mobilidade elétrica".
Uma das competências que agora passará para os municípios será a gestão das frentes urbanas ribeirinhas e das praias. Dada a importância que as praias e as frentes de mar têm na economia do concelho, esta seria necessariamente uma prioridade no investimento municipal, defendem os socialistas, contudo, no Orçamento para 2019, "não há qualquer investimento na requalificação das praias e das frentes de mar".