O PS Algarve refere que tem vindo a promover um conjunto de reuniões com dirigentes regionais, dos setores público e privado, com o intuito de recolher diversos contributos em torno das áreas temáticas consideradas prioritárias para o desenvolvimento socioeconómico da região. Perante o setor turístico, o Partido Socialista manifesta sérias preocupações quando confrontado com com o futuro da oferta formativa no Algarve.
No âmbito desta iniciativa o presidente do PS Algarve, António Eusébio, juntamente com os membros do Grupo de Trabalho de Turismo, visitou a Escola de Hotelaria e Turismo de Portimão, a Associação dos Industriais Hoteleiros e Similares do Algarve (AIHSA), a Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) e o NERA, Associação Empresarial do Algarve.
O PS Algarve adianta que com estes encontros foi possível reunir um conjunto de perspetivas e opiniões diversas, tendo sido assinaladas as principais problemáticas que afetam o setor atualmente, entre as quais se destacou a situação da formação profissional na região.
O cenário da oferta formativa na região, com o fecho do Centro Novas Oportunidades existente na Escola de Hotelaria e Turismo de Faro que, aliada à unidade de Portimão, constituía um dos principais locais com oferta qualificada na área da Hotelaria, Restauração e Turismo, a nível regional, bem como a progressiva redução de investimento nos pólos de Portimão e de Vila Real de Santo António, preocupam "manifestamente" o PS Algarve que reconhece a importância do setor turístico para a região.
Tendo em conta a relevância da atividade turística para o desenvolvimento socioeconómico do Algarve, sem esquecer a crescente afluência de turistas que todos os anos visitam o sul do país, que tem vindo sucessivamente a conquistar novos mercados, os socialistas referem que é com enorme "surpresa" que se assiste ao impedimento da abertura de novas turmas nas Escolas de Portimão e Vila Real de Santo António, enquanto se verifica o encaminhamento de financiamento por parte do governo para Escolas Profissionais de Hotelaria e Turismo privadas.
Perante tal situação, o PS Algarve não encontra uma resposta lógica que justifique esta tomada de decisão, quando se verifica um progressivo desinvestimento naquelas que são as melhores escolas do país nesta área, as Escolas de Hotelaria e Turismo do Turismo de Portugal, revelando-se a intenção do governo em deixar a formação em hotelaria e turismo abandonar a esfera pública, de modo a vir futuramente a concentrar-se no privado. A centralização de poder nos organismos centrais é outro aspeto que preocupa o PS Algarve dada a ausência de dirigentes nas escolas de Portimão e Vila Real de Santo António.
Para o PS Algarve, a atividade turística enquanto forte pilar da economia algarvia fundamenta plenamente a existência de formação profissional nesta área que contribui para qualificar e diferenciar a oferta da região, procurando dar uma resposta de qualidade e adequada aos turistas que todos os anos a visitam.