O PS Faro considera as declarações do Secretário de Estado do Ambiente, Paulo Lemos, reveladoras da “incompetência da Coligação de Direita na Câmara de Faro e no Governo”, ao permitirem que se tenha perdido o financiamento para a construção de uma nova ponte para a Ilha de Faro.
O PS recorda em comunicado, que o programa Polis Litoral Ria Formosa, desenhado e aprovado em 2008 pelos autarcas do PS na Câmara de Faro com o então governo socialista, previa um investimento de 87 milhões de euros, dos quais mais de metade seria realizado na área geográfica do concelho de Faro, designadamente com a construção da nova Ponte e do Parque de Estacionamento exterior da Ilha de Faro, as Dragagens e a navegabilidade dos canais na Ria Formosa, o Passeio Ribeirinho, o Parque Ambiental do Ludo/Pontal e a requalificação das ilhas barreira.
Os socialistas destacam que de todas as intervenções apenas avançou o Passeio Ribeirinho, “obra que continua ainda por concluir devido a uma guerra interna do PSD Faro que opõe o presidente da Câmara a um militante e antigo fundador daquele partido, em claro prejuízo de todos os farenses”.
O mesmo comunicado salienta que “a coligação de Direita é responsável por se terem perdido milhões de euros de fundos comunitários que deveriam ter sido investidos no concelho de Faro, por exclusiva incompetência e incapacidade na Câmara de Faro”.
O Partido Socialista “não aceita ainda a forma passiva e subserviente como a autarquia tem lidado com o projeto Polis, demonstrando uma enorme subserviência ao Governo e em particular ao Ministro do Ambiente”.
Os socialistas farenses recordam que por iniciativa dos vereadores eleitos pelo PS foi aprovada na Câmara e também na Assembleia Municipal uma proposta que visava a concessão à Câmara Municipal de Faro das ilhas barreira (Culatra, Hangares, Farol e Ilha de Faro), a exemplo do que sucede com a Ilha da Armona, no vizinho concelho de Olhão, “mas que o presidente da Câmara de Faro nada fez até agora, limitando-se a solicitar uma reunião ao Ministério do Ambiente”.
O PS/Faro contesta ainda que apesar de até ao final do mês as pessoas com habitações nas pontas nascente e poente da Ilha de Faro terem de sair das suas habitações, os pescadores, viveiristas e mariscadores ainda não sabem se podem ou não no futuro continuar a viver, como sempre o fizeram, na ilha do Ancão e em que circunstancias e condições o poderão fazer e que mesmo aqueles que apesar de terem a sua primeira habitação na Ilha de Faro desejam sair, também não sabem quando e com que regras poderá ser feito esse realojamento, uma vez que não existe uma única habitação construída, nem qualquer prazo para que tal venha a acontecer.
Foto:Polis Ria Formosa