Política

PS quer saber razões de prejuízos de 2 milhões na AmbiFaro

Em comunicado, o Partido Socialista de Faro faz saber que “numa nova tentativa de chantagem sobre o PS, o Presidente da Câmara Municipal de Faro Rogério Bacalhau quer que a AmbiFaro, continue a ser o sorvedouro das disponibilidades da Câmara Municipal de Faro com mais 600 mil euros por ano sem prestar contas aos munícipes”.

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Segundo o mesmo documento, quando em Julho de 2018, a Assembleia Municipal de Faro aprovou, por proposta do PS, uma auditoria à AmbiFaro não estaria à espera que até hoje tal estudo não fosse concretizado.
 
O PS adianta que, não estava à espera da tentativa, por parte do executivo PSD/CDS de atribuir à empresa mais receita, “visando exclusivamente, branquear as responsabilidades da gestão da AmbiFaro e continuar a ser um sumidouro das receitas municipais criadas pelo colossal aumento de impostos aos munícipes desde 2013”.
 
Na posição dos socialistas, “a gestão da AmbiFaro nos últimos três anos, serviu apenas para se criar um «Saco Azul» que permitiu contabilizar as despesas de propaganda municipal, esquecendo o Mercado Municipal e os seus operadores”.
 
A concelhia do partido acredita que “o foco principal da gestão da AmbiFaro nos últimos anos foi o de assumir encargos que a Câmara não queria ou não podia contrair em áreas da animação, publicidade e mais empregos que levou à insolvência e ao risco de encerramento legal da empresa”.
 
Na base do pedido de auditoria por parte do PS, “está um desvio superior a 1 milhão de euros nos resultados previstos para 2017, ultrapassando 1 300 000 (uma milhão e trezentos mil euros) de prejuízos em ano de eleições autárquicas, o aumento consecutivo dos gastos em «fornecimentos» e «serviços externos», um aumento superior a 400% de 2014 para 2017, bem como em «outros gastos», especialmente em 2017, que conduziram a um prejuízo de 2 milhões e 200 mil euros”.
 
Diz o PS que, “basta qualquer munícipe consultar a plataforma de contratação pública ‘Base Gov’, para perceber que, até 2019 a AmbiFaro despendeu com terceiros mais de 1 milhão e 690 mil euros em contratos de prestação de serviços, a maior parte constituído por ajustes diretos”.
 
No mesmo comunicado, o PS revela que “o atual executivo teve ainda a ousadia de propôr à Assembleia Municipal, que autorize acrescentar mais 600 mil euros ano, em novas receitas, previstas do estacionamento tarifado, colocando em alternativa, o encerramento da empresa municipal”.
 
O PS defende que haja parquímetros a funcionar e que essa função seja municipalizada, “mas espera responsabilidade do edil Rogério Bacalhau para responder à auditoria, e esclarecer estes resultados, comprometendo-se alterar procedimentos futuros, assumindo as consequências de quem geriu a AmbiFaro, em detrimento dos interesses dos munícipes farenses”.