Política

PSD Algarve defende que acusações graves de médicos demissionários do CHUA têm que ser averiguadas

O aumento de população, o crescimento do turismo e o envelhecimento só irão agudizar esta situação, segundo o PSD.

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Depois de terem sido conhecidos os pedidos de demissão dos directores dos serviços de medicina interna do Centro Hospitalar Universitário do Algarve, em consonância com as cartas de demissão apresentadas, o Sindicato Independente dos Médicos teceu duras críticas aos responsáveis do CHUA, afirmando que na origem das demissões estava a exigência para que as altas médicas dos doentes internados fossem dadas de forma mais expedita, de modo a combater a sobrelotação dos serviços.
 
Em comunicado o PSD adianta que trata-se de uma acusação da "maior gravidade", que a ser verdade, é uma imposição para que os doentes sejam pior tratados, com menos dignidade e para saírem dos hospitais mesmo que não estejam convenientes recuperados, "o que pode pôr em causa a sua recuperação e até colocá-los em risco de vida".
 
Para o PSD a oferta assistencial de consultas e urgência reduziu-se muito no último ano e os serviços de internamento encontram-se sobrelotados. A título de exemplo,  os social democratas dizem que em 2015 registava-se uma média de cinco internados por dia nos serviços de urgência, em 2016 sete, e em 2017 o número ascendeu a 25 pessoas, razão pela qual vê-se doentes internados em condições indignas em macas nos corredores.
 
O aumento de população, o crescimento do turismo e o envelhecimento só irão agudizar esta situação, que no entender do PSD, so será resolvida com a construção de um novo hospital central, "que o Governo adiou".
 
O PSD recorda que o novo hospital no Algarve figurava como segunda prioridade com base num estudo, tendo o "Governo optado por construir quatro hospitais, onde o do Algarve não consta dessa lista".
 
O PSD Algarve promete persistir na defesa desse objectivo, até lá espera que o Governo reforce o número de médicos e enfermeiros, que assegure que se preenchem vagas em várias especialidades, que resolva a degradação do funcionamento dos serviços de urgência básica e reduza os tempos de espera que aumentaram nos últimos dois anos.