O PSD Algarve estranhou a substituição da visita do ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, por Manuel Delgado, secretário de Estado da Saúde, para cumprir o périplo previsto para o Algarve esta segunda feira.
Em comunicado os Social Democratas referem que se trata de uma alteração de programa que se para alguns parece algo "natural", para quem acompanha de perto o funcionamento do SNS no Algarve, sabe que essa alteração "oportuna" esconde o desconforto que o ministro da Saúde sentiria caso a imprensa lhe pedisse para explicar a razão pela qual o Algarve, na quase totalidade dos parâmetros de medição dos cuidados de saúde prestados pelo Centro Hospitalar do Algarve (CHA), tem vindo continuadamente a registar um decréscimo da sua oferta assistencial, tendo em 2016 atingido, de acordo com os dados oficiais da ACSS, datados de setembro, "o seu patamar mais baixo".
O PSD Algarve exemplifica com alguns números, nomeadamente, o segundo mais alto índice de mortalidade dos 40 hospitais do país, o pior índice de demora média do país, uma das piores percentagens de reinternamento no prazo de 30 dias, redução de 9,6 % de cirurgias programadas, face ao mesmo período de 2015, redução de 4,8 % de cirurgias urgentes face ao mesmo período de 2015, redução de 4,6% do número de primeiras consultas face ao mesmo período, menos horas disponíveis de bloco operatório e mais falhas nas urgências e nas SUB.
No mesmo comunicado, o PSD Algarve lembra que Adalberto Campos Fernandes, assumiu em maio que os constrangimentos existentes à prestação de cuidados de saúde primários e hospitalares na região estariam solucionados até ao final do primeiro semestre de 2016.
Algarve Primeiro