Política

PSD Algarve entende cirurgiões do Hospital de Faro culpando o Governo por «agir sem qualquer comoção»

Os cirurgiões do hospital de Faro vão recusar, a partir deste domingo, trabalho suplementar nas urgências. Num abaixo-assinado dizem não ter condições de trabalho e afirmam que há o risco de erros clínicos involuntários.

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Apesar deste aviso a administração do CHUA, garante que a escala está assegurada com médicos externos.
 
Para o PSD Algarve «o teor do documento é de extrema gravidade», onde os clínicos descrevem no documento a "sistemática inexistência de camas para internamento de doentes urgentes", a "recorrente ausência de acesso ao bloco operatório num tempo considerado ótimo" ou os "sistemáticos entraves à realização de exames complementares de diagnóstico".
 
Os social democratas dizem em comunicado que «todos estes episódios, ou outros como o de doentes oncológicos que falecem sem ter acesso a tratamento devido, não são episódios isolados, são infelizmente a regra».
 
O PSD acusa assim o Governo de agir «sem qualquer comoção sobre este e outros relatos, não promovendo qualquer ação para a resolução dos mesmos», mesmo depois dos «insistentes pedidos do PSD Algarve, das Ordens, dos Sindicatos ou dos cidadãos em geral».
 
O mesmo comunicado avança que tem sido «a inação perante o intolerável estado de coisas, que conduz a iniciativas como este abaixo-assinado dos médicos, os quais não dispõem de condições mínimas para realizar as suas funções, diminuídos na sua esfera da ação pelo volume de trabalho e constrangidos pela impossibilidade de darem a cada doente aquilo que carecem em tempo útil».
 
O PSD Algarve diz compreender os profissionais, esperando, todavia, «que seja possível encontrar uma solução que não desguarneça o Hospital de Faro».