O Presidente do PSD Loulé - Rui Cristina, disse em nota enviada à comunicação social, que existem dez razões para que Loulé não cobre taxa turística.
No entendimento de Rui Cristina, o Município de Loulé tem mais de 70 milhões de euros no banco, dispondo, desse modo, de verbas para fazer face a todas as necessidades do concelho.
Como segunda razão, o mesmo líder do PSD/Loulé adianta que, o turismo do concelho já registou este ano abrandamento, o qual se deve também à recuperação de destinos concorrentes da bacia mediterrânica que para ganhar quota de mercado praticam preços mais baixos. Nesse sentido, “ devemos impor mais uma taxa quando a tendência é negativa e os próximos anos se adivinham mais difíceis?”
Em terceiro lugar, a mesma fonte evidencia que, o Reino Unido e a Irlanda são os principais mercados para o destino Loulé. Com o Brexit ocorreu uma desvalorização da libra em mais de 15%, relativamente ao euro, pelo que, a taxa turística é uma decisão insensata, sem qualquer estudo quanto às implicações que a sua aplicação terá.
Como quarta razão, Rui Cristina aponta que, Loulé tem mais de 3000 registos de alojamento local. Estes sofreram aumentos de impostos em 2016 e 2017. Estão hoje na legalidade, a melhorar o turismo e a contribuir com os seus impostos de forma significativa. Não podemos penalizá-los e obrigá-los a suportar mais esta taxa enquanto muitos ilegais continuam a trabalhar.
No número cinco, o PSD sublinha que, o argumento de que se precisa de dinheiro para melhorar os serviços prestados aos turistas é falso. O concelho é o que mais recebe por habitante em IMI e IMT em Portugal. Esses impostos resultam maioritariamente da construção e venda com fim turístico. O Município já recebe muito para fazer face aos serviços relacionados com a atividade turística. Não precisa de mais. Os 70 milhões acumulados confirmam isso mesmo.
No ponto seis é referido que, o emprego no concelho depende do turismo ou atividades conexas, abrangendo milhares de postos de trabalho. Num período em que se avizinham grandes desafios nos mercados externos de procura, cujos efeitos são desconhecidos, mais uma taxa introduz um fator negativo que se irá refletir nos rendimentos familiares.
No ponto sete, o PSD dá o exemplo de uma família de quatro pessoas em que a taxa vai encarecer o alojamento em 6% do valor da estadia.
Como oitava razão, surge o facto de os munícipes terem de pagar essa taxa, caso fiquem alojados no concelho.
Na razão nove, o PSD diz que a taxa vai trazer mais burocracia, a qual é mais penalizadora para pequenos empreendimentos turísticos e alojamentos locais.
Por fim, a décima razão centra-se no facto de que “o nosso concelho tem mais dormidas que a maioria dos outros, tal significa que uma parte da elevada taxa cobrada em Loulé poderá ser canalizada para projetos que não contemplam o concelho, uma veez que é a Associação de Municípios do Algarve quem faz a coleta de uma parte dessa receita”. Que sentido faz isso? E mais, quem decide sobre a proporcionalidade desses investimentos?
Na mesma nota, o PSD Loulé faz saber que, vai realizar um debate público para informar os munícipes e apresentar uma proposta para rejeitar a taxa turística.