Política

PSD considera que superavit "histórico" do Município de São Brás de Alportel é revelador de "projetos esquecidos"

 
No âmbito da 1º Sessão pública ordinária da Assembleia Municipal de São Brás de Alportel, a comissão política do PSD de São Brás de Alportel emitiu um comunicado relativo à 1º Revisão do Orçamento Municipal e 1ª Alteração ao Mapa de Pessoal. Em causa está o saldo de gerência inédito, que se apresenta como o mais elevado de sempre no Município. Segundo o partido, apurou-se o reforço ao orçamento inicial no valor de 5.210.557,78€.

Na sua declaração e voto, os eleitos pelo PSD/SBA referem que ter superavit "é naturalmente melhor do que ter deficit", mas consideram que o superavit é revelador "da quase inexistência de investimento", por parte da autarquia. 
 
Em comunicado, o PSD apresenta alguns dos projetos que diz estarem esquecidos no orçamento de 2022, "uma vez que estavam previstos mas não foram concretizados", entre eles: a requalificação do Antigo Lagar de Azeite; o Quarteirão 4 Olhos; o Parque Aventura da Fonte Férrea; a Barragem Monte da Ribeira; o Miradouro do Depósito da Água; a nova sala polivalente e salas de Pré-Escolar junto às escola das “Joaninhas” assim como a ampliação de vagas em creches; o Centro de Recolha Oficial de Animais; o saneamento básico na Mesquita, Almargens e a conclusão da rede dos Machados; a requalificação da rede abastecimento de água; ou ainda os dois orçamentos participativos do mandato anterior.
 
Os sociais-democratas argumentam que o valor deste saldo de gerência, contraria as decisões do Partido Socialista para chumbar "as muitas propostas apresentadas pelo PSD, nomeadamente recorrendo à retórica da inexistência de verbas, quando há um registo de superavit orçamental superior a 4 milhões de euros".
 
Deste modo, o PSD diz que são incompreensíveis as intransigências em aceder a propostas como a descida do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) para 0,40%, ou o plano de combate à inflação. Relativamente à descida da taxa do IMI, refere que o concelho continua a ter uma taxa superior à de todos os concelhos limítrofes, o que, no seu parecer, é irrazoável, uma vez que a medida teria um impacto de cerca de 45.000€/50.000€ de redução ao nível da receita.