Política

PSD critica recrutamento «desenfreado de novos colaboradores e chefias» na Câmara de Loulé

A Bancada do PSD na Assembleia Municipal de Loulé votou contra o Orçamento para o ano de 2022, apresentado pelo Executivo Municipal liderado pelo socialista Vítor Aleixo, depois do mesmo já ter merecido os votos contra dos vereadores eleitos pelo PSD em reunião de Câmara.

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Para os sociais democratas, uma das razões prende-se com a «desproporção da evolução demonstrada na despesa com os custos de pessoal, que apresenta um aumento considerado imprudente». 
 
O partido refere em nota emitida, que o aumento da despesa que se tem verificado nos últimos anos, teve como principal objetivo «um recrutamento desenfreado de novos colaboradores e chefias, aumentando a estrutura de custos fixos de forma dramática, comprometendo a viabilidade financeira futura da Câmara e consequentemente a capacidade de responder às necessidades da população».
 
O PSD chama a atenção de que o assumir destas despesas, acontece porque as receitas oriundas dos impostos cobrados «têm subido de forma vertiginosa, como acontece com a coleta de IMI e de IMT, fruto das dinâmicas do mercado imobiliário, que têm grande elasticidade, mas também a possibilidade de forte contração, como aconteceu no passado».
 
O partido verifica que o processo de recrutamento não está ancorado «em nenhum pensamento estratégico ou de melhoria do funcionamento dos serviços municipais, pois este aumento do quadro de pessoal não se traduziu numa maior eficiência e eficácia dos serviços», sublinha.
 
Segundo a mesma fonte, em 2013, a Câmara tinha 1508 funcionários, sendo que hoje o quadro de pessoal apresenta 2000, com a flexibilidade legal de poder recrutar mais 311, num total de 2311 colaboradores.
 
O PSD fala de um quadro de pessoal claramente exagerado, «sobretudo se olharmos na perspetiva do número de colaboradores por 1000 habitantes: o Município de Loulé tem um rácio de 28 colaboradores por 1000/habitantes, enquanto que Lisboa - Capital do país, por exemplo, tem um rácio de 19 colaboradores».
 
Diz não ser contra o aumento do número de pessoas, desde que o mesmo resulte numa maior eficácia e eficiência nas respostas aos utentes da Câmara.