Para os Social-Democratas, existem aspetos "muito graves" em termos de Gestão e Gestão Política da autarquia, nomeadamente a questão do Limite da dívida onde em 2015 excedeu em 111.222.614 euros, depois de já ter excedido cerca de 95 milhões ao limite total da dívida para 2014.
Estando ainda em curso o processo de liquidação da Portimão URBIS e em análise a alienação das participações financeiras de 49% detidas pela Portimão URBIS na Expo Arade Estrutura, SA, Eventos do Arade, SA e Rio Adentro, SA, não é possível aferir, nesta data, o impacto que resultará nas contas do Município relacionado com a assunção dos ativos e passivos da Portimão URBIS e das referidas participações locais, destaca o PSD, adiantando que não foi apresentado aos membros da Assembleia Municipal, conforme refere a Lei, o relatório e contas de 2015 da Portimão URBIS, E.M., SA (em liquidação). Contudo, as demonstrações financeiras provisórias evidenciam um ativo líquido de 55.441.402 euros, incluindo saldos a receber do Município de 32.395 .389 euros, e o passivo ascende a 45.564.134 euros.
Permanecem também por concretizar pelo Município, segundo nota do PSD, as transferências financeiras de 18 milhões de euros destinadas a equilibrar os resultados operacionais negativos acrescidos dos encargos financeiros da Portimão URBIS (em liquidação), referentes aos exercícios de 2008 e de 2014.
Na mesma sequência, permanecem pendentes de decisão judicial processos judiciais instaurados contra o Município cujos valores reclamados estão compreendidos entre 10.338.715 euros (máximo) e 5.159.169 euros (mínimo).
Com base nestes e outros pressupostos, o PPD/PSD diz ter votado contra a proposta de aprovação dos documentos de prestação de contas relativos ao exercício económico de 2015, "por não traduzir com clareza a situação financeira do Município de Portimão, demonstrando irrealidade de resultados e rácios obtidos; estar contabilizado mais de 56 milhões de euros em ativos patrimoniais que parecem ilegais; pela não apresentação, aos membros da Assembleia Municipal, das Contas da Urbis e pela violação legal do limite da dívida em cerca de 111 milhões de euros".