A proposta de Orçamento para 2020 do executivo camarário contempla a ampliação da capacidade instalada nas escolas públicas para as crianças em idade pré-escolar, contudo, o PSD de São Brás de Alportel diz não concordar com o facto da verba inscrita no orçamento se destinar, quase na sua totalidade, apenas às crianças a partir dos 3 anos de idade, com uma pequena verba para os “Vale+Natalidade” para crianças com idades inferiores a 3 anos.
Segundo dados do Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, a que o PSD teve acesso, São Brás de Alportel tem uma capacidade instalada para 142 crianças com idades compreendidas entre os 4 e os 36 meses, nas duas únicas instituições do concelho.
De acordo com dados do INE _ in Estatísticas de Nados-Vivos_ foram registadas em São Brás de Alportel 93 crianças em 2018, 90 crianças em 2017 e 85 crianças em 2016, o que perfaz um total de 268 crianças registadas em São Brás de Alportel durante este período.
Face a estes números, o PSD refere em comunicado, "que torna-se evidente que a resposta do concelho terá de ser maior nesta área", exigindo ao executivo municipal a tomada de medidas urgentes a curto/médio e longo prazo, em que o executivo "deverá concentrar esforços no sentido de aumentar a capacidade instalada, projetar uma nova Creche em São Brás de Alportel e ampliar as existentes".
Os social-democratas defendem que "é urgente criar condições que promovam a natalidade, atuando igualmente no sentido de dar uma resposta social adequada às novas exigências".
O PSD diz não aceitar "que mais de metade dos nossos bebés continuem a não ter lugar nas instalações do concelho, pois esta situação tem graves impactos familiares, já que ao terminarem os períodos de licença de parentalidade, os pais devem ter soluções no concelho, só desta forma é que teremos um concelho atrativo e com a qualidade de vida familiar que todos desejamos".
No entender do PSD/SBA é responsabilidade do executivo camarário promover o crescimento do concelho articulando esforços no sentido de criar as condições para um progresso sustentável "em sintonia com as necessidades reais dos atuais munícipes e disponibilizando ainda um excedente que possa servir de incentivo à fixação de novas famílias que encontrem as respostas que não têm nos seus concelhos de origem".
