Em comunicado, o PSD Algarve faz saber que depois da aprovação do «malfadado» plano de reestruturação da TAP, «o qual envolve injeções de capital público na ordem dos 4 mil milhões de euros», a região continua a ser um destino «votado ao absoluto desprezo, sem que a TAP, se empenhe em ter uma presença mais do que meramente caricatural na região».
A este respeito, Cristóvão Norte, deputado e Presidente do PSD Algarve, assinala que “A TAP não é um agente de desenvolvimento do Algarve, nunca foi e nunca será. Está reduzida a escombros no Algarve e a única rota que tem - Lisboa - é por mera conveniência de Lisboa, não existe em razão do interesse do Algarve. Continuamos, porém, a pagar o dízimo, tais quais bons servos de um patrão falido. Exigimos o mesmo que o Porto, o reforço das verbas para atrair rotas para a região. Já fizemos as contas: se Rui Moreira diz que em face do movimento do aeroporto do Porto têm direito a 100 milhões por ano, então o Algarve tem direito a 90. Não somos nem mais nem menos que Lisboa ou Porto, mas o país não pode desperdiçar o potencial do Algarve e este Governo insiste em fazê-lo. Uma vez mais, a região mais afetada pela crise é a que menos apoios tem para recuperar da mesma.”
Luís Gomes, por seu lado, cabeça de lista do PSD pelo Algarve, afirma que “A estratégia da TAP para o Algarve, ao longo das últimas décadas, tem sido apenas para cumprir um suposto calendário patriótico cujo interesse e serviço pode-se legitimamente questionar. A bandeira socialista em nacionalizar a TAP, não só afundou ainda mais a possibilidade da companhia se manter viva, como quase que agravou o seu serviço ao Algarve. É preciso ter em conta que sendo o Algarve um dos destinos turísticos mais importantes de Portugal, Europa e Mundo, é absolutamente caricato não existir qualquer voo internacional da TAP que tenha como destino o aeroporto de Faro. Esta verdadeira anedota e escândalo nacional acarretam custos de oportunidade elevadíssimos para os nossos empresários e para a região.”