Segundo o PSD, anualmente, o nosso país apresenta perdas de cerca de 194 mil milhões de litros de água, o que poderia abastecer um milhão de habitantes.
A nível nacional, o concelho de São Brás de Alportel ocupa o 3.º lugar com o maior volume de perdas de água (412 litros/ramal.dia), de acordo com os últimos dados da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) e no Plano Regional de Eficiência Hídrica do Algarve, é o concelho da região com maiores perdas de água reais, com uma taxa de 45,3% (711.354 m 3 /ano).
Em comunicado, o partido diz ainda, que o Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água (PNUEA) para o período de 2012 e 2020 definiu diversos objetivos a nível nacional, com São Brás de Alportel a ser o concelho do Algarve com piores resultados, encontrando-se a 25,3% da meta pretendida.
Os sociais-democratas referem que o presidente da Câmara Municipal de São Brás de Alportel desvalorizou estes dados quando deu uma entrevista, no dia 31 de agosto, à Antena 1, tendo referido que "estes resultados são obtidos em virtude de não serem contabilizados os autoconsumos, nomeadamente a água utilizada para rega de jardins e espaços verdes, assim como a água doada pelo Município a coletividades e aos bombeiros".
Para o presidente da Comissão Política do PSD de São Brás de Alportel, Rui Silva, as declarações do autarca, revelam "uma total irresponsabilidade face ao problema e mostram claramente que esta temática não foi uma prioridade ao longo dos últimos 20 anos por parte do executivo socialista".
O PSD diz ter alertado, "ao longo doa anos" para esta situação em reuniões de câmara, reuniões da assembleia municipal e em diversos comunicados enviados para a comunicação social.
O partido espera que o recente investimento de 45 mil euros na aquisição e colocação de caudalímetros por parte do Município represente um ponto de viragem nas políticas de eficiência do sistema de abastecimento de água. Mas considera que mesmo assim, "está longe de ser suficiente". Diz que é necessário um maior investimento nas perdas e fiabilidade da rede de abastecimento, com a implementação de um controlo ativo de perdas, focado essencialmente no controlo de caudais e da pressão na rede e nas equipas de campo especializadas na sondagem das infraestruturas. Paralelamente, aponta para a necessidade de um forte investimento na remodelação de toda a rede de distribuição, com a substituição de condutas, eliminando infraestruturas antigas e desajustadas, bem como materiais obsoletos.