O PSD informou em comunicado, que o histórico Café Calcinha não teve interessados, no concurso que foi lançado em maio.
Segundo o partido, depois de ter feito "inúmeras chamadas de atenção ao executivo do PS, adivinhava-se que a ausência de interessados seria o resultado mais previsível, caso a câmara insistisse no modelo apresentado".
«O caderno de encargos foi praticamente idêntico ao lançado há 5 anos atrás, sem que se tenha ouvido os anteriores concessionários, auscultado a sensibilidade do mercado, nem sequer se tenha efetuado um estudo para aferir da viabilidade económica e financeira do projeto com todas as obrigações, em termos de horário e programação cultural, que a câmara pretende que o espaço tenha», sublinha Cláudio Lima, presidente do PSD Loulé. «Discutimos amplamente todos estes problemas na Assembleia Municipal do dia 23 de maio, tendo o presidente Vítor Aleixo garantido que o concurso estava ajustado à procura e que estávamos (PSD) a construir um "papão que não existia"».
O líder do PSD avança que foram apresentadas diversas propostas para melhorar o caderno de encargos, desde o aumento do prazo de concessão até à possibilidade de diminuir a sua rigidez, para que o concurso fosse mais apelativo.
Cláudia Lima, lamenta que o Café Calcinha continue de portas fechadas, recordando que foi durante o último século, «um marco sociocultural da população local e de todos os visitantes, sendo o único espaço de tertúlia na história da cidade, o que lhe configurou o privilégio de ser o estabelecimento mais emblemático e referenciado na história local, classificado como Imóvel de Interesse Municipal em 2012 e, adquirido em 2014 pela autarquia».
O responsável do PSD louletano, fala de «teimosia» por parte do executivo de Vítor Aleixo, ao submeter para aprovação, um novo concurso público, durante a reunião de câmara, desta segunda-feira, «sem alterar uma vírgula ao caderno de encargos inicial».
