O PSD diz que foram necessários dois meses para que o executivo do Partido Socialista, liderado por Vítor Aleixo, acatasse a recomendação de suspensão do PDM no território, onde estava prestes a instalar-se uma Central de Tratamento de Resíduos «que prometia comprometer a qualidade de vida das populações».
Em comunicado, escreve que, depois de numa sessão de Câmara do final de novembro, em que os vereadores eleitos pelo PSD questionaram o projeto, «foi na sessão de Assembleia Municipal de Loulé do início de dezembro que o executivo da Câmara Municipal se viu confrontado com o desagrado das populações». O PSD relembra que apresentou nessa sessão uma moção de urgência para recomendar a suspensão do PDM, moção aprovada por unanimidade por todas as bancadas, incluindo a do Partido Socialista.
Na reunião de Câmara que antecedeu o Natal, 15 dias depois da Assembleia Municipal, o PSD lembra que Vítor Aleixo apresentou uma proposta no sentido de alterar o uso dos solos na próxima revisão do PDM para um uso “não industrial”, uma proposta que levou «à indignação dos vereadores do PSD Loulé, que acusaram Vítor Aleixo de falta de firmeza e de não acautelar os interesses dos moradores».
Ainda assim, os sociais-democratas manifestam agora o seu agrado por Vítor Aleixo ter voltado atrás e ter reconsiderado a proposta apresentada pela oposição, mas deixam um aviso: «Esta suspensão tardia teve efeitos diretos negativos nos munícipes e na vida de muitas pessoas, que para melhor proteger os seus interesses, tiveram de constituir uma associação que as representasse, pois essa tarefa não estava a ser exercida por quem a devia e estava mandatado para tal – o Presidente da Câmara Municipal».
Criticam ainda que os «ziguezagues» que aconteceram, tiveram um impacto negativo nos serviços da Câmara, «provocando um desperdício de recursos e uma perda de tempo que poderia ter sido evitada, caso o Presidente tivesse aceite a recomendação da Assembleia Municipal, tomada por unanimidade».